EDUCACIÓN Y CINE: UNA CRÍTICA A LA DOMESTICACIÓN DE LA MEMORIA EN LAS PELÍCULAS DE ANIMACIÓN DE DISNEY

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5216/ia.v49i1.76099

Palabras clave:

Educación; Disney; Memoria; Cine.

Resumen

El artículo es el resultado de una investigación doctoral cuyo objetivo es comprender, desde la apelación a la felicidad, cómo las películas animadas de los estudios Disney desarrollan un lenguaje que sedimenta los presupuestos de la industria cultural hegemónica. En diálogo con la teoría crítica de la sociedad de Theodor Adorno y Walter Benjamin, se analizan tres animaciones – El Rey León (1994), Frozen (2013) y Zootopia (2016) – y se defiende la tesis de que la felicidad vendida por Disney, además de vendar los sentidos de los espectadores, dificulta que el público perciba las artimañas de la política cultural de domesticación de la memoria, cuya tendencia es anestesiar la sensibilidad y reproducir la sensación de un continuum de la historia ligado a un intento de asepsia social que empobrece y vacía el potencial crítico -emancipador del lenguaje cinematográfico.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Robson Loureiro, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, Espírito Santo, Brasil, robson.loureiro@ufes.br

Pós-doutor em Filosofia pela University College Dublin (UCD), Irlanda. Docente credenciado no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFES) e no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL/UFES). Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Educação, Filosofia e Linguagens (NEPEFIL/UFES).

Samira da Costa Sten, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, Bahia, Brasil, samirasten2102@gmail.com

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo, professora Adjunta de Estágio Supervisionado e Metodologia do Ensino das Artes Visuais da Faculdade de Educação (FACED) na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Citas

ADICHE, C. N. O perigo de uma história única. Tradução Julia Romeu. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas. In: ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Tradução Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. p. 99-138.

ADORNO, T. W. Minima Moralia: reflexões a partir da vida danificada. São Paulo: Ática, 2017.

ADORNO, T. W. Resumé sobre indústria cultural. [S. l.], 1963. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/208/o/ADORNO_-_R%C3%A9sum%C3%A9_sobre_ind%C3%BAstria_cultural_-_Adorno.htm?1349567486. Acesso em: 30 jan. 2024.

ADORNO, T. W. Educação e Emancipação. Tradução Wolfgang Leo Maar. São Paulo: Paz e Terra, 2020.

BARBOSA JÚNIOR, A. L. Arte de animação: técnica e estética através da história. São Paulo: Editora Senac, 2002.

BEAUVOIR, S. de. O segundo sexo: fatos e mitos. Tradução Sérgio Milliet. 4. ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

BENJAMIN, W. Obras Escolhidas 1: magia e técnica, arte e política. Tradução Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BENJAMIN, W. Baudelaire e a modernidade. Tradução João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

BERNARDET, Jean-Claude. O que é o cinema. São Paulo: Editora Brasiliense, 2012.

CALVINO, I. Seis propostas para o novo milênio. Lições americanas. 2. ed. Tradução Ivo Barroso. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

CANDIDO, A. et al. A personagem de ficção. 13. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014.

CERVANTES, M. de. Dom Quixote de La Mancha. Tradução Ernani Ssó. São Paulo: Penguim Clássicos Companhia das Letras, 2012.

COLOMBO, A. A. Cinema, linguagem e sociedade. 2012. 105 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2012. Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/Filosofia/Dissertacoes/colombo_aaa_me_mar.pdf. Acesso em: 05 mar. 2024.

DENIS, S. O cinema de animação. Tradução Marcelo Félix. Lisboa: Gabinete Editorial Texto & Grafia, 2007.

ECO, U. Apocalípticos e Integrados. Tradução Pérola de Carvalho. São Paulo: Perspectiva, 2015.

FERREIRA, R. As 10 animações de maior bilheteria da Disney (até agora!). Adoro Cinema. São Paulo, 17 ago. 2019. Disponível em:

https://www.adorocinema.com/slideshows/filmes/slideshow-150143/. Acesso em: 26 fev. 2024.

FOR the First Time in Forever. Intérprete: Kristen Bell; Idina Menzel. Compositor: Kristen Anderson-Lopez; Robert Lopez. In: Frozen (Original Motion Picture Soundtrack). Intérprete: Kristen Bell; Idina Menzel. Burbank: Wonderland Music Company, 2013. (3:46).

FOSSANTI, C. L. Cinema de animação: um diálogo ético no mundo encantado das histórias infantis. Porto Alegre: Sulina, 2011.

FRANCO, R. R. O cinema com (im)possibilidade formativa: uma discussão a partir da perspectiva de Adorno. 2012. 100 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2012. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/6/o/Disserta%C3%A7%C3%A3o__Renata_Rosa_Franco.pdf. Acesso em: 05 mar. 2024.

FROZEN. Direção: Cris Buck; Jennifer Lee. Animação, 1 (DVD) (102 minutos), son., color., dublado (português). EUA, Walt Disney Animation Studios, 2013.

GIROUX, H. A. Memória e Pedagogia no maravilhoso mundo da Disney. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 2009. p. XX-XX.

HERNANDEZ, P. S. R. Cinema e política da boa vizinhança: a expedição de Walt Disney ao Brasil. 2015. 168 f. Dissertação (Mestrado em História Social) – Centro de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: http://www.repositorio-bc.unirio.br:8080/xmlui/handle/unirio/11966. Acesso em: 05 mar. 2024.

JENKINS, H. Cultura da convergência. Tradução Susana L. De Alexandria. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.

KESTERING, V. T. Da princesa em perigo ao príncipe descartado: o amor romântico nos filmes de princesa da Disney. 2017. 162 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ASPHQJ/1/disserta__o___virginia_therezinha_kestering.pdf. Acesso em: 05 mar. 2024.

LAURENCE, F. Disney reverte prejuízo no 4º tri fiscal, mas resultados decepcionam mercado. Valor. São Paulo, 11 nov. 2021. Disponível em: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/11/11/disney-reverte-prejuzo-no-4-tri-fiscal-mas-resultados-decepcionam-mercado.ghtml. Acesso em: 26 fev. 2024.

LET It Go. Intérprete: Idina Menzel. Compositor: Kristen Anderson-Lopez; Robert Lopez. In: Frozen (Original Motion Picture Soundtrack). Intérprete: Idina Menzel. Burbank: Wonderland Music Company, 2013. (3:45).

LOUREIRO, R. Da teoria crítica de Adorno ao cinema crítico de Kugle: educação, história e estética. 2006. 295 f. Tese (Doutorado em Educação) – Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=104636. Acesso em: 05 mar. 2024.

LÖWY, M. Walter Benjamin: aviso de incêndio: uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. Tradução Wanda Nogueira Caldeira Brant. São Paulo: Boitempo, 2005.

MATOS, O. Discretas esperanças. São Paulo: Editora Nova Alexandria, 2006.

MARX, K; ENGELS, F. Manifesto comunista. Tradução Álvaro Pina. 4. reimpressão. São Paulo: Boitempo, 2005.

MEDEIROS, D. Disney faturou mais de US$ 4 bilhões em bilheteria em 2022. Terra. São Paulo, 20 dez. 2022. Disponível em: https://www.terra.com.br/diversao/entre-telas/filmes/disney-faturou-mais-de-us-4-bilhoes-em-bilheteria-em-2022,d7e39731f26270a5d55a8720e7610a68g19hbv9y.html. Acesso em: 26 fev. 2024.

MONTEIRO, P. H. C. M. Alice no país dos signos: uma abordagem peirceana acerca da adaptação disneyficada das personagens de Carroll. 2016. 134 f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Tradução) – Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/21927?locale=en. Acesso em: 05 mar. 2024.

O REI LEÃO. Direção: Roger Allers e Rob Minkoff. Animação, 1 (DVD) (89 minutos), son., color., dublado (português). EUA, Walter Disney Animation Studios, 1994.

PEGORARO, C. V. M. Animação e quadrinhos Disney: Produção Cultural no início do século XXI. 2016. 417 f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-01022017-103935/pt-br.php. Acesso em: 05 mar. 2024.

PERES, H. C. Entre choques, cortes e fissuras – A (semi)formação estética: uma análise crítica da apropriação de filmes na educação escolar. 2016. 236 f. Dissertação (Mestrado em Educação Escolar) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2016. Disponível em: https://agendapos.fclar.unesp.br/agenda-pos/educacao_escolar/3763.pdf. Acesso em: 05 mar. 2024.

PUCCI, B. Indústria Cultural e educação. In: VAIDERGORN, J. BERTONI, L. M. (orgs.) Indústria Cultural e Educação. São Paulo: JM Editora, 2003. p. XX-XX.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber. Eurocentrismo e Ciências Sociais. Perspectivas Latino-americanas. São Paulo: CLACSO, 2005. p. 117-142.

REUTERS. Lucro da Walt Disney supera expectativas no segundo trimestre com destaque para streaming. G1. São Paulo, 12 ago. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2021/08/12/lucro-da-walt-disney-supera-expectativas-no-segundo-trimestre-com-destaque-para-streaming.ghtml. Acesso em: 26 fev. 2024.

SANTOS, C. de C. O Vilão desviante: ideologia e heteronormatividade em filmes de animação longa-metragem dos Estúdios Disney. 2017. 142 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Escola de Artes, Ciências e Humanidades , Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-09092015-190418/pt-br.php. Acesso em: 05 mar. 2024.

STEN, S. C. EDUCAÇÃO E CINEMA: crítica à domesticação da memória em filmes de animação dos estúdios Disney. 2020. 203 f. Tese (Doutorado em Educação) – Centro de Educação, Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo, 2020. Disponível em: https://sappg.ufes.br/tese_drupal//tese_14623_SAMIRA%20STEN_Tese%20Final_pos%20Defesa%20%281%29.pdf. Acesso em: 12 mar. 2024.

TRY Everything. Intérprete: Shakira. Compositor: Sia Furler; Tor Hermansen; Mikkel Eriksen. In: Zootopia: Original Motion Picture Soundtrack. Intérprete: Shakira. West Hollywood: Westlake Recording Studios, 2015. (3:22).

VOGLER, C. A jornada do escritor: estrutura mítica para escritores. Tradução Petê Rissatti. 3. ed. São Paulo: Aleph, 2015.

WILLIAMS, R. O campo e a cidade: na história e na literatura. Tradução Paulo Henrique Britto. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

ZOOTOPIA: essa cidade é o bicho. Direção: Byron Howard e Rich Moore. Animação, 1 (DVD) (108 minutos), son., color., dublado (português). EUA, Walt Disney Animation Studios, 2016.

Publicado

2024-05-15

Cómo citar

LOUREIRO, R.; STEN, S. da C. EDUCACIÓN Y CINE: UNA CRÍTICA A LA DOMESTICACIÓN DE LA MEMORIA EN LAS PELÍCULAS DE ANIMACIÓN DE DISNEY. Revista Inter Ação, Goiânia, v. 49, n. 1, p. 347–363, 2024. DOI: 10.5216/ia.v49i1.76099. Disponível em: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/76099. Acesso em: 21 nov. 2024.