O CRESCIMENTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA POLÍTICA PÚBLICA OU UMA ESTRATÉGIA COMERCIAL DOS GRUPOS EMPRESARIAIS EDUCACIONAIS?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/ia.v49i2.79064

Palavras-chave:

Educação Superior, Educação a Distância, Políticas Públicas, Conglomerados Privados Educacionais

Resumo

Atualmente, no ensino superior brasileiro, mais alunos ingressam em cursos na educação a distância (EaD) que os registrados na modalidade presencial. Se as projeções estatísticas para o campo se confirmarem, o número total de estudantes remotos matriculados ultrapassará, em breve, os inscritos em matrículas presenciais. Contudo, este crescimento substancial da EaD não veio acompanhado de um protagonismo do setor público que assistiu, pouco a pouco, ao fortalecimento do setor privado, expresso na atuação das grandes empresas educacionais no setor. Este artigo, bibliográfico e documental, analisa esta transformação a partir dos Planos Nacionais de Educação 2001-2011 e 2014-2024 e das estratégias comerciais das grandes empresas do setor educacional para captar os alunos de classes sociais mais desfavorecidas. Os resultados demonstraram que o alinhamento do conjunto de marcos normativos estatais, não previstos no PNE 2014-2024, e o interesse comercial latente dos grupos educacionais foram fundamentais para o atual desenho do nosso sistema.

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Biografia do Autor

Marcelo Augusto Scudeler, Universidade Vale do Sapucaí (UNIVÁS), Pouso Alegre, Minas Gerais, Brasil, mscudeler@uol.com.br

Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Mestre em Direito pela Universidade Metodista de Piracicaba. Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação Conhecimento e Sociedade (PPGEduCS) da Universidade do Vale do Sapucaí. Coordenador do Curso de Direito do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal), Unidade Campinas.

Adriane Pereira Gouvêa, Secretaria do Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC), Rio de Janeiro, Brasil, adrianegouvea@gmail.com

Professora de Sociologia da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. Doutoranda em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGSA/UFRJ). Mestre pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGSA/UFRJ). Pesquisadora do Centro Latino-Americano de Pesquisa em Educação Superior (CeLAPES) e do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação Superior (LEPES - FE/UFRJ).

André Pires, Universidade de Sorocaba (UNISO), Sorocaba, São Paulo, Brasil, anpires@gmail.com

Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba (Uniso) e membro do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Políticas de Educação Superior – GEPES da Uniso. É membro do CELapes (Centro Latino-Americano de Pesquisa em Educação Superior) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq. Desenvolveu Pós-Doutorado na Universidade de Princeton (Estados Unidos) em 2017 e no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ (2022/2023).

Maria Lígia de Oliveira Barbosa, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Brasil, mligiabarbosa@gmail.com

Titular Cátedra Carlos Hasenbalg/CELAPES/CBAE/UFRJ. Professora do PPGSA/UFRJ, onde coordena o LAPES (Laboratório de Pesquisa em Ensino Superior/UFRJ/CNPq). Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (1977) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (1993). Pesquisadora 1A do CNPq.

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Publicado

2024-09-03

Como Citar

SCUDELER, M. A.; GOUVÊA, A. P.; PIRES, A.; BARBOSA, M. L. de O. O CRESCIMENTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UMA POLÍTICA PÚBLICA OU UMA ESTRATÉGIA COMERCIAL DOS GRUPOS EMPRESARIAIS EDUCACIONAIS? . Revista Inter-Ação, Goiânia, v. 49, n. 2, p. 1150–1167, 2024. DOI: 10.5216/ia.v49i2.79064. Disponível em: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/79064. Acesso em: 18 nov. 2024.