“MULHER NÃO TEM OPINIÃO DENTRO DE UM COLÉGIO MILITAR”: GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E AFETOS NA ESCOLA MILITARIZADA
DOI :
https://doi.org/10.5216/ia.v49ied.especial.79050Mots-clés :
Escola; Militarização; Gênero; Interseccionalidade.Résumé
Este artigo aproxima o debate sobre as relações entre gênero, interseccionalidades e afetos na escola militarizada, observando a experiência de pessoas egressas de escolas públicas estaduais em Goiás. Nosso objetivo é analisar como estudantes de escolas militarizadas concebem o contato com essa forma de escolarização e as relações de gênero presentes nesses espaços, propondo a pergunta: como gênero, interseccionalidade e afetos são vivenciados na escola militarizada? Realizamos uma pesquisa qualitativa, optando pela entrevista semiestruturada com sete participantes, com idades entre 19 e 29 anos. Destacamos, entre os resultados, a sexualização, controle dos corpos femininos e a interseccionalidade, articulados para manter inalteradas estruturas que perpetuam assimetrias entre as pessoas.
Téléchargements
Références
ALBUQUERQUE, Rossana Maria Marinho. Quando o luto se converte em luta: analisando a atuação da frente popular de mulheres contra o feminicídio. In: JOHAS, Bárbara; AMARAL, Marcela; MARINHO, Rossana. (org.). Violências e resistências: estudos de gênero, raça e sexualidade. Teresina: EDUFPI, 2020.
ALVES, Míriam Fábia; TOSCHI, Mirza Seabra; FERREIRA, Neusa Sousa Rêgo. A expansão dos colégios militares em Goiás e a diferenciação na rede estadual. Retratos da Escola, Brasília, v. 12, n. 23, p. 271-287, 2018.
CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
CRENSHAW, Kimberlé. A interseccionalidade na Discriminação de Raça e Gênero. In: VV.AA. Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Unifem, p. 7-16, 2004.
CRENSHAW, Kimberlé. Desmarginalizando a intersecção entre raça e sexo: uma crítica feminista negra da doutrina da antidiscriminação, da teoria feminista e da política antirracista. In: BAPTISTA, Maria Manuel; CASTRO, Fernanda de (org.). Gênero e Performance - Textos essenciais Vol. II. Grácio Editor, 2019.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
GOULART, Janaina Moreira de Oliveira. A militarização das escolas no estado de Goiás e os sentidos da desdemocratização do ensino público. 2022. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
LOURO, Guacira Lopes (org). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2022.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2. ed. Rio de Janeiro: EPU, 2018.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
RUBIN, Gayle. O Tráfico de mulheres: Notas para uma “economia política do sexo”. Recife: SOS Corpo, 1993.
SANTOS, Eduardo Junio Ferreira. Militarização das Escolas Públicas no Brasil: Expansão, Significados e Tendências. 2020. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2020.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Maria Izabel Machado, Jéssica Rodrigues da Silva Bueno 2024
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale 4.0 International.
A Inter-Ação utiliza como base para transferência de direitos a licença Creative Commons Attribution 4.0 para periódicos de acesso aberto (Open Archives Iniciative - OAI). Por acesso aberto entende-se a disponibilização gratuita na Internet, para que os usuários possam ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos documentos, processá-los para indexação, utilizá-los como dados de entrada de programas para softwares, ou usá-los para qualquer outro propósito legal, sem barreira financeira, legal ou técnica.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.