“NEM TUDO SÃO FLORES”: OS DESAFIOS NO ACESSO E PERMANÊNCIA À EDUCAÇÃO BÁSICA E SUPERIOR DE PESSOAS TRANSEXUAIS E TRAVESTIS EM PERNAMBUCO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/ia.v49i3.79466

Palavras-chave:

Educação. Direitos Humanos. Transexuais. Travestis.

Resumo

O ensino superior tem um papel fundamental na formação cidadã e no processo de humanização das pessoas, possibilitando a formação de uma sociedade democrática e plural que se orienta pelo respeito à dignidade humana.  Diante do exposto, esse artigo busca analisar as barreiras que impedem a trajetória acadêmica de pessoas transexuais e travestis na educação básica e no ensino superior. O estudo utilizou como metodologia a pesquisa qualitativa, a partir do procedimento de coleta de dados com um questionário composto por 20 questões abertas, com a participação de quatro colaboradoras, dentre elas, pessoas transexuais e travestis que contribuíram com os dados da pesquisa. O tratamento analítico dos dados ocorreu mediante estatística descritiva simples e pela Análise de Conteúdo (Bardin, 2011). Destarte, essa pesquisa aponta para as possíveis consequências de violências sofridas por transexuais e travestis no ambiente universitário, a partir de uma reflexão sobre o enfrentamento a essas barreiras e garantir acessibilidade e mecanismos de permanência para pessoas trans e travestis no ensino superior. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriano de Freitas Alves, Universidade Federal de Pernambuco (UFPB), Recife, Pernambuco, Brasil, adriano.alves@ufpe.br

Mestre em Direitos Humanos pelo Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos da Universidade Federal de Pernambuco-PPGDH/UFPE.

Aline Daiane Nunes Mascarenhas, Universidade Federal de Pernambuco (UFPB), Recife, Pernambuco, Brasil, aline_mascarenhas@hotmail.com

Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia e Professora do Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos (UFPE).

Jônatan David Santos Pereira, Universidade Federal de Pernambuco (UFPB), Recife, Pernambuco, Brasil, jonatan.david133@gmail.com

 Mestrando em Direitos Humanos da PPGDH-UFPE.

Referências

BARDIN, Laurence. Análisis de contenido. Ediciones Akal, 1991.

BAYDOUN, Mahmoud. Pensando as masculinidades contemporâneas. Revista Artemis. v. 31, n. 1, pág. 486-491, 2021.

BENEVIDES, Maria Victoria.Educação em Direitos Humanos: de que se trata? Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Etica/9_benevides.pdf Acesso em: 10 abr. de 2024.

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: Acesso em: 3 ago. 2012. BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: Acesso em: 2 ago. 2012. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB: Lei nº 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 2. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2001.

BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em. Acesso em: 15 jun. 2023.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB: Lei nº 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 2. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2001.

BRASIL. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, 2003.

CELLARD, André. A análise documental. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

CHAUÍ, Marilena. Direitos humanos e educação. Revista Interdisciplinar de Direitos Humanos, v. 10, n. 2, p. 23-26, 2022.

CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto; trad. Magda Lopes. 3. ed. Porto Alegre: ARTMED, 2010.

DALLARI, D. A. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 2014. FREIRE, Paulo. Prefácio. In: RIBEIRO, Marcos. Educação Sexual: novas ideias, novas conquistas. São Paulo: Editora Gente, 1993.

GARCIA, Clarice. Aparecida Alencar. SOUZA, Fabiana. Cristina de. A relação família-escola através dos tempos. Temas em Educação e Saúde, Araraquara, v. 4, p. 59- 74, mai. 2017. Tradução de Plínio Dentzien. Campinas, Núcleo de Estudos de Gênero Pagu, 2007.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2022.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

MISKOLCI. Richard. Teoria Queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.

SCHMITZ, Beto. Observatório 2023 de Mortes Violentas de LGBT+ no Brasil, Grupo Gay da Bahia. Grupo Dignidade. Disponível em: https://cedoc.grupodignidade.org.br/2024/01/19/2023-de-mortes-violentas-lgbt-no-brasil-ggb/ Acesso em 10 abr. de 2024.

PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. 10. Ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

PRECIADO, Paul Beatriz. Quem defende a criança queer? Trad. C. Oliveira. Geni, pp. 1-9, 2002. Disponível em http://revista eni.org/10/quem-defende-a-criança-queer. Acesso em 10 abr. 24.

RESENDE, Tânia de Freitas; SILVA, Gisele Ferreira da. A relação família-escola na legislação educacional brasileira (1988-2014). Ensaio: avaliação e políticas públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 24, n. 90, p. 30-58, jan./mar. 2016.

RIBEIRO, Jheniffer; NASCIMENTO, Vivian. Apenas cinco universidades públicas destinam vagas para pessoas trans. (2023). Disponível em: https://www.generonumero.media/artigos/universidades-publicas-cotas-trans-travestis/ Acesso em: 10 abr. de 24.

SAVIANI, Dermeval. Da LDB (1996) ao novo PNE (2014-2024): por uma outra política educacional. Autores Associados, 2019.

SEDGWICK, Eve Kosofsky. A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, quereres, v.28, p. 19-54, 2007. Disponível em: <https://ieg.ufsc.br/storage/articles/October2020//Pagu/2007(28)/Sedgwick.pdf>. Acesso em 10 abr. 24.

Downloads

Publicado

2024-12-20

Como Citar

ALVES, A. de F.; MASCARENHAS, A. D. N.; PEREIRA, J. D. S. “NEM TUDO SÃO FLORES”: OS DESAFIOS NO ACESSO E PERMANÊNCIA À EDUCAÇÃO BÁSICA E SUPERIOR DE PESSOAS TRANSEXUAIS E TRAVESTIS EM PERNAMBUCO. Revista Inter-Ação, Goiânia, v. 49, n. 3, p. 1764–1780, 2024. DOI: 10.5216/ia.v49i3.79466. Disponível em: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/79466. Acesso em: 22 dez. 2024.