“NEM TUDO SÃO FLORES”: OS DESAFIOS NO ACESSO E PERMANÊNCIA À EDUCAÇÃO BÁSICA E SUPERIOR DE PESSOAS TRANSEXUAIS E TRAVESTIS EM PERNAMBUCO
DOI:
https://doi.org/10.5216/ia.v49i3.79466Palavras-chave:
Educação. Direitos Humanos. Transexuais. Travestis.Resumo
O ensino superior tem um papel fundamental na formação cidadã e no processo de humanização das pessoas, possibilitando a formação de uma sociedade democrática e plural que se orienta pelo respeito à dignidade humana. Diante do exposto, esse artigo busca analisar as barreiras que impedem a trajetória acadêmica de pessoas transexuais e travestis na educação básica e no ensino superior. O estudo utilizou como metodologia a pesquisa qualitativa, a partir do procedimento de coleta de dados com um questionário composto por 20 questões abertas, com a participação de quatro colaboradoras, dentre elas, pessoas transexuais e travestis que contribuíram com os dados da pesquisa. O tratamento analítico dos dados ocorreu mediante estatística descritiva simples e pela Análise de Conteúdo (Bardin, 2011). Destarte, essa pesquisa aponta para as possíveis consequências de violências sofridas por transexuais e travestis no ambiente universitário, a partir de uma reflexão sobre o enfrentamento a essas barreiras e garantir acessibilidade e mecanismos de permanência para pessoas trans e travestis no ensino superior.
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