“A AUTORIDADE CONSELHEIRA” E A FAMÍLIA EM CRISE: COMO EDUCAR?

Autores

  • Luiza Pereira Monteiro Universidade Estadual de Goiás
  • Flávia Inês Schilling Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5216/ia.v38i1.18896

Palavras-chave:

autoridade, autoajuda, família, educação.

Resumo

Entendemos que aquilo que é denominado como “crise da autoridade” de pais, mães, professores, corresponde a um processo de deslocamento do próprio conceito de autoridade na atualidade. O conceito de autoridade tem migrado, cada vez mais, do campo dos saberes e práticas tradicionais para um âmbito mais difuso, constituindo-se de maneiras diversas a partir dos saberes dos especialistas. Trata-se de um movimento histórico, detectado e já analisado quando da instauração da “ordem social burguesa”, no momento em que se criam as grandes instituições da modernidade, como a escola. Foi o momento da entrada em cena das instituições peritas, das autoridades racionais legais, estudadas por Weber. Sustentamos que, hoje, refletindo as transformações sociais atuais, haveria um deslocamento dessas formas de autoridade para outras mais difusas, que se agrupariam sob a denominação de “autoridades conselheiras”, participando do mercado na forma de orientações de “especialistas” que se sucedem, vertiginosamente, nos espaços midiáticos.

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Biografia do Autor

Luiza Pereira Monteiro, Universidade Estadual de Goiás

Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (2008), M estre em Educação pela Universidade Federal de Goiás (1997), graduação em Ciencias Sociais (1990), professora da área de Fundamentos da Educação/Sociologia. Área de pesquisa interface: criança, família, violência e crise de autoridade.

Flávia Inês Schilling, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2

Possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986), Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1991) e Doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1997). Desde 2001 é professora doutora da Universidade de São Paulo. Trabalhou anteriormente em escolas, assim como no Núcleo de Estudos da Violência da USP. Foi coordenadora do Centro de Referência e Apoio à Vítima. Foi consultora da Comissão da Mulher do Parlamento Latino-americano. Trabalha nas áreas de Sociologia Jurídica, Sociologia da Educação e Sociologia da Violência, atuando principalmente nos seguintes temas: direitos humanos, violência, vitimização; corrupção e segurança pública, temas foucaultianos, identidades, relações de gênero. Orienta mestrado e doutorado nas áreas de Sociologia da Educação (FEUSP) e Direitos Humanos (FDUSP). Presidente da Comissão de Cultura e Extensão da FEUSP (2006-2010). Integra a Cátedra UNESCO de Educação para a Paz, Direitos Humanos, tolerância e democracia. É pesquisadora do CNPq (Pq2). Vice-Chefe de Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação (2009-2011).

Certificado pelo autor em 20/04/11

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Publicado

2013-06-28

Como Citar

MONTEIRO, L. P.; SCHILLING, F. I. “A AUTORIDADE CONSELHEIRA” E A FAMÍLIA EM CRISE: COMO EDUCAR?. Revista Inter-Ação, Goiânia, v. 38, n. 1, p. 237–261, 2013. DOI: 10.5216/ia.v38i1.18896. Disponível em: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/18896. Acesso em: 19 nov. 2024.