GERENCIALISMO E RESISTÊNCIAS: EXPERIÊNCIAS DE PROFESSORAS MULHERES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE PORTO ALEGRE
DOI:
https://doi.org/10.5216/ia.v50i2.83083Palavras-chave:
Gerencialismo, Trabalho Docente Feminino, Performatividade, Resistência DocenteResumo
O artigo analisa experiências de professoras da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre na gestão 2017-2020, marcada por reformas gerencialistas de intensificação e reconfiguração do trabalho docente. Investigou-se como tais políticas impactaram professoras mulheres, considerando a histórica feminização do magistério. Parte-se de entrevistas semiestruturadas com docentes e da análise documental de diretrizes e discursos institucionais, empregando a ferramenta da análise relacional. Conclui-se que as reformas gerencialistas impactaram desproporcionalmente as professoras, afetando sua subjetividade através de mecanismos como a performatividade e a concepção da docência como ofício afetivo. Ao mesmo tempo, identificou-se estratégias de resistência por parte das professoras, reafirmando o espaço da docência como luta e contestação
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