Riqueza de espécies e diversidade de Marchantiophyta (Hepáticas) de capões de mata, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Goiás, Brasil

Autores

  • Eliana Marília Lima Pinheiro Universidade de Brasília - UnB
  • Allan Laid Alkimim Faria Universidade de Brasília - UnB
  • Paulo Eduardo Aguiar Saraiva Câmara Universidade de Brasília - UnB

DOI:

https://doi.org/10.5216/rbn.v9i1.20091

Palavras-chave:

Briófitas, Cerrado, similaridade, formação florestal

Resumo

O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) está localizado ao nordeste do estado de Goiás, e é reconhecido como Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO. Na área de campo rupestre do PNCV encontram-se capões de mata, fitofisionomia que proporciona um ambiente favorável ao desenvolvimento de musgos e hepáticas. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento das hepáticas associadas aos capões de mata no PNCV, a fim de ampliar o conhecimento sobre a riqueza de espécies e a diversidade, bem como a similaridade entre esses capões. O resultado mostrou uma riqueza específica com 36 espécies, distribuídas em 11 famílias, sendo seis novas ocorrências para o Centro-Oeste e oito novas ocorrências para o estado de Goiás. As famílias mais representativas em quantidade de espécies foram Lejeuneaceae (15 spp.) e Frullaniaceae (cinco spp.), comportando juntas 54% da riqueza total dos capões. Do total de espécies encontradas, todas ocorrem no bioma Mata Atlântica (100%); 24 espécies ocorrem na Amazônia (66%); 16 espécies ocorrem no Pantanal (44%); oito espécies ocorrem na Caatinga (22%) e quatro espécies têm ocorrência nos Pampas (11%). Nenhuma das espécies de hepáticas registradas para os capões de mata consta na Lista Vermelha de espécies ameaçadas da International Union for Conservation of Nature (IUCN).

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eliana Marília Lima Pinheiro, Universidade de Brasília - UnB

Instituto de Ciências Biológicas


Departamento de Botânica


Laboratório de Criptógamas

Allan Laid Alkimim Faria, Universidade de Brasília - UnB

Instituto de Ciências Biológicas

Departamento de Botânica


Laboratório de Criptptógamas

Paulo Eduardo Aguiar Saraiva Câmara, Universidade de Brasília - UnB

Instituto de Ciências Biológicas

Departamento de Botânica


Laboratório de Criptógamas

 

Referências

Anderson, L.E. 1954. Hoyer's solution as a rapid permanent mounting medium for bryologists. Bryologist 57: 242–244.

Bastos, C.J.P. 2008. Padrões de reprodução vegetativa em espécies de Lejeuneaceae (Marchantiophyta) e seu significado taxonômico e ecológico. Rev. Bras. Bot. 31: 309-315.

Battilani, J.L., C.M.M. Ferreira, N.C. Penatti, C. Viadoto, G.A. Damasceno-Júnior & P. Arnildo. 2011. Análise Comparativa da Estrutura de Capões de Floresta Estacional Semidecídua na Sub-Região do Pantanal de Miranda, MS, Brasil, com Diferentes Métodos de Amostragem, p. 520-536. In: J.M. Felfili, P.V. Eisenlohr, M.M.R.F. Melo, L.A. Andrade & J.A.A.M. Neto (Ed.) Fitossociologia no Brasil – Métodos e estudos de casos. Universidade Federal de Viçosa, UFV. Viçosa, MG.

Câmara, P.E.A.S. & D.M. Vital. 2004. Briófitas do município de Poconé, Pantanal de Mato Grosso, MT, Brasil. Acta Bot. Bras. 18: 881-886.

Câmara, P.E.A.S., J.R.P.M. Oliveira & M.M.M. Santiago. 2005. A Checklist of the bryophytes of Distrito Federal (Brasília, Brazil). Trop. Bryol. 26: 133-140.

Câmara, P.E.A.S. & D.M. Vital. 2006. Briófitos de Cáceres, Pantanal de Matogrosso, Brasil, con nuevos registros para el estado y el Pais. Trop. Bryol. 27: 1-8.

Câmara, P.E.A.S. & D.P. Costa. 2006. Hepáticas e antóceros das matas de galeria da Reserva Ecológica do IBGE, RECOR, Distrito Federal. Hoehnea 33: 79:87.

Câmara, P.E.A.S. 2008. Musgos pleurocárpicos das matas de galeria da Reserva Ecológica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil. Acta Bot. Bras. 22(2): 573-581.

Câmara, P.E.A.S. 2008. Musgos acrocárpicos das matas de galeria da Reserva Ecológica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil. Acta Bot. Bras. 22: 1027-1035.

Câmara, P.E.A.S. & A.E.R. Soares. 2010. A new and update bryophyte checklist for Distrito Federal (Brasília, Brazil). Trop. Bryol. 31: 171-174.

Carvalho-Silva, M., A.E.R. Soares, P.E.A.S. Câmara & R.G.D. Neto. 2010. Levantamento de musgos (Bryophyta) do Jardim Botânico de Brasília, Distrito Federal, Brasil. Heringeriana 4: 11-27.

Costa, D.P., D.F. Peralta & N.D. Santos. 2012. Hepáticas in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. .

Filgueiras, T.S. & B.A.S. Pereira. 1993. Flora do Distrito Federal In: M.N Pinto (Org.). Cerrado: caracterização, ocupação e perspectivas. 2 ed. Brasília, Ed. Universidade de Brasília.

Frahm, J.P. 2003. Manual of tropical bryology. Trop. Bryol. 23: 5-195.

Genevro, J.A., F.P. Filho & D.F. Peralta. 2006. Briófitas das matas de galeria no Parque Municipal Mário Viana, Nova Xavantina, Mato Grosso, Brasil. Bol. do Inst. de Bot. (São Paulo) 18: 149-157.

Goffinet, B., W.R. Buck & A.J. Shaw. 2009. Morphology and classification of the Bryophyta. P. 55-138. In: Goffinet, B. & A.J. Shaw (Eds.). Bryophyte Biology. University Press, Cambridge, Havard.

Gradstein, S.R. 1994. Lejeuneaceae: Ptychantheae, Brachiolejeuneae. Flora Neotrop. Monogr. 62: 1–216.

Gradstein S.R., S. Churchil & N. Salazar-Allen. 2001. A guide to the bryophytes of tropical

America. Mem. New York Bot. Gard. V. 86. Gradstein, S.R. & D.P. Costa. 2003. The hepaticae and anthocerotae of Brazil. Mem. New York Bot. Gard. V. 87.

Gradstein, S.R. & A.L. Ilkiu-Borges. 2009. Guide to the plants of Central French Guiana. Mem. New York Bot. Gard. V. 76, part 4.

Guarim-Neto, G. & O. Yano. 1985. Brioflora da Serra de São Vicente, Mato Grosso. Rev. Bras. Bot. 8: 199-202.

Hammer, O., D.A.T. Harpper & P.D. Ryan. 2001. PAST: Paleontological Statistics software package for education and data analysis. Palaentol. Electronica 4: 9.

Hoehne, F.C. & J.G. Kuhlmann. 1951. Índice bibliográfico e numérico das plantas colhidas pela Comissão Rondon ou Comissão de linhas telegráficas, estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas, de 1908 até 1923. Secretaria da Agricultura, São Paulo.

IBAMA / PROAVES. 1998. Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros: Plano de manejo – Fase 3 (versão preliminar). Brasília: Ibama / Proaves.

ICMBIO/MMA. 2009. Plano de Manejo do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Brasília: Ministério do Meio Ambiente.

Lisboa, R.C.L. & P.L.B. Lisboa. 1978. Contribuição ao conhecimento da flora do Aripuanã (Mato Grosso) II. Acta Amaz. 8: 143-148.

Lista de Espécies da Flora do Brasil. 2012 in <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012>. Acesso em 04/09/2012.

Luizi-Ponzo, A.P, C.J.P. Bastos, D.P. Costa, P.E.A.S. Câmara, K.C. Porto, R.C.L. Lisboa & S. Boas-Bastos. 2006. Glossarium Polyglottum Bryologiae – Versão Brasileira do Glossário Briológico. Editora UFJF, Juiz de Fora.

Magalhães, G.M. 1966. Sobre os cerrados de Minas Gerais. Ana. Acad. Bras. Ciênc. 38: 59-69.

Meguro, M., J.R. Pirani, R. Mello-Silva & A.M. Giulietti. 1996b. Caracterização florística e estrutural de matas ripárias e capões de altitude da Serra do Cipó, Minas Gerais. Bol. Bot. Univ. São Paulo 15: 13-29.

Oliveira, J.R.P.M., L.D.P. Alvarenga & K.C. Porto. 2006. Briófitas da Estação Ecológica de Águas Emendadas, Distrito Federal, material coletado por Daniel Moreira Vital. Bol. do Inst. de Bot. (São Paulo) 18: 181-195.

Peralta, D.F., J. Bordin & O.Yano. 2008. Novas ocorrências de musgos (Bryophyta) para os Estados de Goiás e Tocantins. Acta Bot. Bras. 22: 834-844.

Soares, A.R. & J.R.P.M. Oliveira. 2010. Briófitas da Dolina da Garapa, Apa de Cafuringa, Distrito Federal, Brasil. Heringeriana 4: 56-66.

Soares, A.E.R., P.E.A.S. Câmara & D.F. Peralta. 2011. Mosses of gallery forests from Brasilia National Park. Bol. do Inst. de Bot. (São Paulo) 21: 185-192.

Sousa, M.A.R., V.L.G. Klein, M.H. Rezende & O. Yano. 2008. Antóceros e hepáticas do Parque Estadual da Serra dos Pirineus e arredores, Município de Pirenópolis, Goiás, Brasil. Rev. Biol. Neotro. 5: 1-16.

Souza, C.D. & J.M. Felfili. 2006. Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil. Acta Bot. Bras. 20: 135-142.

Spruce, R.M. 1884. Hepaticae Amazonicae et Andinae. Transactions and Proccedings of the Botanical Society Edinburg 15: 1-588.

Yano, O. & D.P.Costa. 2000. Criptógamos: Briófitas, p. 1-33. In: J. A. Rizzo (Coord.). Flora dos estados de Goiás e Tocantins. Goiânia, PRPPG/UFG.

Yano O. & C.J.P. Bastos. 2004. Adições à flora de Briófitas de Mato Grosso do Sul, Brasil. Acta Bot. Bras. 18: 437-458.

Yano, O. & D.F. Peralta. 2004. Musgos (Bryophyta) de Mato Grosso, Brasil. Hoehnea 31: 251-292.

Yano, O. & D.F. Peralta. 2005. Hepáticas (Marchantiophyta) de Mato Grosso. Hoehnea 32: 185-205.

Yano, O. & D.F. Peralta. 2007. Criptógamos: Briófitas, p. 1-333. In: J.A. Rizzo (Coord.) Flora dos Estados de Goiás e Tocantins. Goiânia, PRPPG/UFG.

Yano, O. & D.F. Peralta. 2008. Criptógamos: Antóceros (Anthocerotophyta) e Hepáticas (Marchantiophyta), p. 1-277. In: J.A. Rizzo (Coord.) Flora dos Estados de Goiás e Tocantins. Goiânia, PRPPG/UFG.

Downloads

Publicado

22-04-2013

Como Citar

PINHEIRO, E. M. L.; FARIA, A. L. A.; CÂMARA, P. E. A. S. Riqueza de espécies e diversidade de Marchantiophyta (Hepáticas) de capões de mata, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Goiás, Brasil. Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 9, n. 1, p. 19–27, 2013. DOI: 10.5216/rbn.v9i1.20091. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/20091. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos