Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology

Length-weight relationship and condition factor of armored catfish (Pterygoplichthys sp.) in the Grijalva and Usumacinta rivers, Mexico

José Francisco Miranda Vidal — 2024-09-19

Length-weight relationship and condition factor (K) are descriptors of the biology of fish populations, providing fundamental information on growth strategies, nutritional status, and reproduction. These parameters are used to compare the condition of fish populations in aquatic systems with different degrees of anthropogenic intervention. This study aimed to explore the length-weight relationship of Pterygoplichthys sp., to observe whether the physiological condition factor reveals variation from a dammed river (Grijalva) to a free-flowing river (Usumacinta). Given the physiological characteristics of armored catfish (benthic consumer, tolerance to hydrological disturbance and aquatic pollution, and wide reproductive range), we predict that this fish will have a better welfare condition in the Grijalva River than in the Usumacinta. Highest abundance of armored catfish was obtained in the Grijalva River (282 specimens). However, the largest and heaviest fish were caught in the Usumacinta River (34.4 ± 5.31 cm and 389 ± 138 g, respectively). Length-weight ratio of armored catfish showed a negative allometric growth rate in both rivers (b>3), i.e., the fish grew more in length than in weight. However, the condition factor revealed that armored catfish have better physiological conditions in the Usumacinta River. Food availability, species population density, intra- and interspecific competition probably played an important role in fish welfare. Information generated in this study can be used as a guide to analyze more detailed the populations of armored catfish, taking into consideration sex and different bodies of water, to adequately monitor the populations of Pterygoplichthys sp., in the Mexican southeast.

ESTADO ATUAL DO CONHECIMENTO DA FLORA DO CERRADO NA MICRORREGIÃO DE RONDONÓPOLIS, SUDESTE DE MATO GROSSO, BRASIL

Thalyta dos Santos Braga — 2024-09-30

O conhecimento sobre a flora do Cerrado avançou nas últimas décadas, mas parte significativa do seu território permanece subamostrada ou não representada por estudos florísticos. Além disso, as áreas não amostradas frequentemente estão sujeitas a intensas mudanças no uso da terra, como ocorre no sudeste de Mato Grosso. Neste estudo, descrevemos o estado atual do conhecimento da flora do Cerrado na microrregião de Rondonópolis-MT para identificar lacunas e direcionar futuros estudos. Para tanto, revisamos a literatura acerca da flora dessa microrregião e sumarizamos os resultados graficamente. Encontramos 18 estudos conduzidos entre 2004 e 2021, dos quais 83,3% foram realizados no município de Rondonópolis, onde há um centro de pesquisa permanente, enquanto claras lacunas apareceram no território dos outros sete municípios da microrregião. A maioria dos estudos (88,8%) levantou espécies arbóreo-arbustivas, as quais foram amostradas principalmente nas fitofisionomias cerrado sentido restrito e cerradão. Apenas 38,8% dos estudos tiveram o levantamento florístico como objetivo primário. Nossa investigação revelou a necessidade de intensificar os inventários florísticos de diversos grupos de plantas na microrregião de Rondonópolis, e de distribuir geograficamente melhor os estudos, revertendo ou mitigando o ‘efeito herbário’ resultante da concentração dos estudos florísticos próximos a um centro de pesquisa referência.

USE OF CICADA CARCASS CAUGHT IN SPIDER WEB AS A FOOD RESOURCE FOR THE SOCIAL WASP AGELAIA PALLIPES (OLIVIER, 1791)

Rogério Henrique Custódio — 2024-08-15

Espécies de vespas sociais do gênero Agelaia (Vespidae, Polistinae) possuem hábito alimentar necrófago, além de predar outros insetos, mas pouco se sabe sobre seu comportamento forrageiro. Portanto, o objetivo deste estudo é documentar o comportamento de forrageamento de Agelaia pallipes (Olivier, 1791) em carcaça de uma cigarra (Hemiptera) presa em uma teia de aranha. A observação ocorreu ocasionalmente no dia 4 de outubro de 2023, no beiral de uma casa em área antropizada, município de Inconfidentes, região Sul de Minas Gerais, Domínio da Mata Atlântica. Foram observados quatro indivíduos de A. pallipes consumindo a carcaça de uma cigarra, presa na teia de aranha Trichonephila clavipes (L., 1767). Entretanto, não está claro se o uso de presas em teias de aranha é um comportamento comum para A. pallipes. Portanto, mais estudos são necessários para investigá-lo mais profundamente. Da mesma forma, são necessários estudos que avaliem o impacto nas aranhas da usurpação de presas em suas teias por vespas sociais.