O Vão do Paranã (GO) como área chave para conservação de macroinvertebrados bentônicos

Autores

  • Sílvia Leitão Dutra Universidade Federal de Goiás, Laboratório de Ecologia Teórica e Síntese
  • Victor Lemes Landeiro Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de Botânica e Ecologia
  • Leandro Gonçalves Oliveira Universidade Federal de Goiás, Laboratório de Meio Ambiente e Gerenciamento de Recursos Hídricos (LAMARH)

DOI:

https://doi.org/10.5216/rbn.v9i1.17176

Palavras-chave:

Raridade, complementaridade, insetos aquáticos, avaliação rápida

Resumo

Foi feita uma indicação de área prioritária para conservação da biota de invertebrados aquáticos na bacia hidrográfica do rio Paranã-GO, utilizando a comunidade de macroinvertebrados bentônicos como ferramenta de bioindicação. Os invertebrados foram coletados pela metodologia de avaliação rápida, utilizando redes manuais de abertura de malha de 2 mm durante 15 minutos de coleta ativa, em ambientes de correnteza com substrato pedregoso. A escolha da área foi feita seguindo três critérios:1- Raridade do táxon; 2- Representatividade e complementaridade dos pontos amostrados e 3- Conectividade. A área selecionada inclui trechos de rio com diferentes características hidrológicas, que refletemas diferentes características de composição da biota. A área prioritária para conservação proposta neste trabalho inclui três microbacias: as dos rios São Bartolomeu, Corrente e São Mateus. A área indicadaé uma região de expansão de atividades antrópicas e não está atualmente protegida por unidades de conservação federais ou estaduais. As informações geradas nesse trabalho podem subsidiar uma gestão mais eficiente para a conservação da biota aquática da bacia do rio Paranã.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sílvia Leitão Dutra, Universidade Federal de Goiás, Laboratório de Ecologia Teórica e Síntese

Universidade Federal de Goiás, Laboratório de Ecologia Teórica e Síntese

Referências

Araújo, M. 1998. Avaliação da biodiversidade em conservação. Silva Lusitana. 6:19-40.

Arita, H. T. 1993. Rarity in Neotropical bats: correlations with phylogeny, diet, and body mass. Ecological Applications. 3: 506-517.

Barbosa, F.F., Godoy, B.S. & Oliveira, L.G. 2011. Trichoptera Kirby (Insecta) immature fauna from Rio das Almas Basin and Rio Paranã, Goiás State, Brazil, with new records for some genera. Biota Neotropica. 11:21-25.

Barbour, M.T., Gerritsen, J., Snyder, B.D. & Stribling,. J.B. 1999. Rapid Bioassessment Protocols for Use in Streams and Wadeable Rivers: Periphyton, Benthic Macroinvertebrates and Fish. 2rd ed. EPA 841-B-99-002. U.S. Environmental Protection Agency, Office of Water, Washington.

Bispo, P.C., Oliveira, L.G., Crisci, V.L. & Silva, M.M. 2001. A pluviosidade como fator de alteração da entomofauna bentônica (Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera) em córregos do planalto Central do Brasil. Acta Limnologica Brasiliensis. 13: 1-9.

Brandon, K., da Fonseca, G.A.B., Rylands, A.B. & Danni, J.C.M.. 2005. Challenges and opportunities in Brazilian conservation. Conservation Biology. 19:595-600.

Buckley, G.P. & Forbes, J.E. 1978. Ecological evaluation using biological habitats an appraisal. Landscape Planning. 5:263-280.

Buss, D.F., Baptista, D.F. & Nessimian, J.L. 2003. Bases conceituais para a aplicação de biomonitoramento em programas de avaliação da qualidade da água de rios. Caderno Saúde Pública. 19:495-473.

Cousins, S.H. 1991. Species diversity measurement: choosing the right index. Trends in Ecology & Evolution. 6:190-193.

De Marco P. & Vianna D.M. 2005. Distribuição do esforço de coleta de Odonata no Brasil: subsídios para escolha de áreas prioritárias para levantamentos faunísticos. Lundiana. 6:13-26.

Diniz-Filho, J.A.F., De Marco, P. & Hawkins, B.A. 2010. Defying the curse of ignorance: perspectives in insect macroecology and conservation biogeography. Insect Conservation and Diversity. 3:172-179.

Dominguez, E., Hubbard, M.D., Pescador, M.L. & Molineri, C. 2001. Ephemeroptera, p. 17-53. In: Fernández, H. R. & Dominguez, E. (Eds.). Guía para la determinación de los artrópodos bentónicos sudamericanos. Tucuman: Universidad Nacional de Tucumán.

Dudgeon, D. 2008. Aquatic ecosystems: tropical stream ecology. Elsevier Science, London.

Dutra, S.L. 2006. Avaliação da biodiversidade bentônica no Vale do Paranã (GO), visando a identificação de áreas prioritárias para conservação. Dissertação Universidade de Brasília. Brasília.

Ferreira Jr., L.G. 2008. A encruzilhada socioambiental - biodiversidade, economia e sustentabilidade no cerrado. 1rd ed. Goiânia: Editora UFG.

Gaston, K. 1996. What is biodiversity?, p. 1-9. In Gaston, K. (ed.). Biodiversity - A Biology of Numbers and Difference. UK: Blakwell Science.

Harold, A.S.& Randall, D.M. 1994. Areas of Endemism: Definition and Recognition Criteria. Systematic Biology. 43:261-266.

Hermuche, P.M., Ferreira, N.C. & Sano, E.E. 2009. Proposta metodológica para elaboração de mapa de tendência de uso da terra no Vão do Paranã, Goiás, baseada em condicionantes ambientais e sócio-econômicos. Anais XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. 5873-5880.

Junqueira, M.V., Amarante, M.C., França, E.S. & Dia, C.F.S. 2000. Biomonitoramento da qualidade das águas da bacia do Alto Rio das Velhas (MG/Brasil) através de macroinvertebrados. Acta Limnologica Brasiliensia.12:73-87.

Kareiva, P. & Marvier, M. 2003. Conserving biodiversity coldspots. American Scientist. 5:344-351.

Karr, J.R. & Chu,E.W. 1999. Restoring life in running waters. Washington D. C: Island Press.

Lambers,H., Chapin,I. & Pons,T.L. 1998. Plant physiological ecology. Springer-Verlag, NewYork.

Lewinsohn,T.M., Freitas,A.V.L. & Prado,P.I.

Conservação de invertebrados terrestres e seus habitats no Brasil. Megadiversidade. 1: 62-69.

Linke,S., Pressey,R.L., Bailey,R.C. & Norris, R.H. 2007. Management options for river conservation planning: condition and conservation re-visited. Freshwater Biology. 52: 918-938.

Lomolino, M.V. & Perault, D.R. 2004 Geographic gradients of deforestation and mammalian communities in a fragmented, temperate rain forest landscape. Global Ecology and Biogeography. 13:55-64.

Looy, K.V., Honnay, O., Pedroli, B. & Muller, S. 2006. Order and disorder in the river continuum: the contribution of continuity and connectivity to floodplain meadow biodiversity. 33:1615-1627.

Lortie, C.J., Brooker, R.W., Choler, P., Kikvidze, Z., Michalet, R., Pugnaire, F.I. & Callaway, R.M., 2004. Rethinking plant community theory. Oikos. 107: 433-438.

Martins-Silva,M.J., Engel,D.W., Da Rocha,F.M. & Araújo,J. 2008. Trichoptera imatures in Paranã river basin, Goiás state, with new records for genera. Neotropical Entomology 37:735-738.

McGeoch, M.A. 1998. The selection, testing and application of terrestrial insects as bioindicators. Biological Reviews 73:181-201.

Merritt, R. W. & K. W. Cummins. 1988. An introduction to the aquatic insect of North America. 2 ed. Dubuque, Kendal/ Hunt Publishing.

Ministério do Meio Ambiente (MMA). 1999. Pró-Natureza/Funatura, Conservation International, Fundação Biodiversitas & Universidade De Brasília. Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Pantanal. Brasília.

Miserendino, M. L. & Pizzolón, L. A. 2001. Rapid assessment of river water quality using macroinvertebrates: A family level biotic index for the patagonic andean zone. Acta Limnologica Brasiliensia. 11:137-148.

Mora,C., Tittensor,D.P., Adl,S., Simpson,A.G.B. & Worm,B. 2011. How Many Species Are There on Earth and in the Ocean? PLoS Biology. 9.

Myers, N. 1988. Treatened biomas: "hot-spots" in tropical rain forest. Environmentalist. 10:243-256.

Myers, N. 1990.The biodiversity challenge: expanded hot-spots analysis. Environmentalist n.64 p.165-169.

Myers, N., Mittermeier, R.A., Mittermeier, C.G., Da Fonseca, G.A.B. & Kent, J. 2000. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature.403:853-858.

Nimer, E. 1979. Climatologia do Brasil. Superintendência de Recursos Naturais e Meio Ambiente (SUPREN), IBGE, Rio de Janeiro.

Pringle,C.M. 2001. Hydrologic Connectivity and the Manegement of Biological Reseves: a Global Perspective. Ecological Applications.11: 981-998.

Rosenberg,D.M. & Resh,V.H. 1993. Freshwater Biomonitoring and Benthic Macroinvertebrates. Chapman & Hall, London.

Silveira, M.P., Baptista, D.F., Buss, D.F. & Nessimian, J.L. 2005. Application of biological measures for stream integrity assessment in slouth-east Brazil. Environmental Monitoring and Assessment. 101:117-128.

Strahler,H.N. 1957. Quantitative analysis of watershed geomorphology. American Geophysics Union Transactions. 3:913-920.

Strayer, D.L. 2006. Challenges for freshwater invertebrate conservation. Journal of the North American Benthological Society. 25:271-287.

Ulrich,W. 2008. Species abundance distributions in space and time. Ecological Questions. 9:15-20.

Vane-Wright, R.I., Humphries, C.J. & Williams, P.H. 1991. What to protect? - systematics and the agony of choice. Biological Conservation. 235-254.

Vannote, R.L., Minshall, G.W., Cummins, K.W., Sedell, J.R. & Cushing, C.E. 1980. River Continuum Concept. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences. 37: 130-137.

Wiggins,G.B. 1977. Larvas of north american caddisfly genera Trichoptera. University of Toronto Press, Toronto.

World Wildlife Found (WWF). Observatório de UCs, Shape disponível em . Acesso em 20/01/2013.

Zaher, H. & Young, P.S. 2003. As coleções zoológicas brasileiras: panorama e desafios. Ciência e Cultura. 55:24-26.

Downloads

Publicado

23-04-2013

Como Citar

DUTRA, S. L.; LANDEIRO, V. L.; OLIVEIRA, L. G. O Vão do Paranã (GO) como área chave para conservação de macroinvertebrados bentônicos. Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 9, n. 1, p. 28–37, 2013. DOI: 10.5216/rbn.v9i1.17176. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/17176. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos