A Música e os corpos que (não) importam
reações na música popular a massacres perpetrados pelo Estado
DOI:
https://doi.org/10.5216/mh.v24.78735Palabras clave:
Canção engajada, massacres estatais, RacializaçãoResumen
Neste artigo, buscamos analisar a reação da música engajada a massacres perpetrados pelo Estado e as maneiras pelas quais a indignação popular e a criação musical dialogam na rememoração desses massacres. Tentaremos evidenciar o envolvimento entre os compositores e suas respectivas realidades sociais e políticas, assim como buscar as formas com as quais a música pôde estabelecer uma interação dentro de seu contexto social. Para isso, o artigo aborda três massacres: o Massacre de Puerto Montt, no Chile, o do Carandiru e o de Eldorado dos Carajás, no Brasil, representados pelas canções Preguntas por Puerto Montt, de Victor Jara, Diário de um Detento, do grupo de rap Racionais MC’s e Eldorado dos Carajás, do grupo de rap Manos da Baixada de Grosso Calibre.