Tecnomorfismo enquanto processo composicional em duas peças de Patricia Alessandrini
DOI:
https://doi.org/10.5216/mh.v24.78608Palabras clave:
análise musical, composição, tecnomorfismo, música acusmática, música eletroacústicaResumen
O presente artigo tem como objetivo investigar as possíveis diferenças ou semelhanças tidas nos processos criativos acusmáticos e instrumentais a partir da análise comparada das peças Nani e Menus morceaux par un autre moi reunis, da compositora Patricia Alessandrini. Considerando o conceito de tecnomorfismo como um modelo composicional possível, busca-se entender a influência da utilização tecnológica na composição e as construções particulares do discurso musical e suas diferenciações nos contextos acusmático e instrumental. A metodologia adotada neste artigo consiste na revisão de literatura acerca do tema, os autores selecionados enquanto referenciais teóricos adotados incluem a teoria de Pierre Schaeffer e sua tipo-morfologia, a musicologia cognitiva de François Delalande e seu estudo acerca das condutas musicais, e o cânone retórico proposto por Quintiliano para que se possa sistematizar as diferentes fases da criação musical baseados na atualização da retórica clássica aplicada à música contemporânea feita por William Teixeira. Ademais, são consideradas partituras, entrevistas e gravações de Patricia Alessandrini para que se possa compreender os processos criativos adotados neste caso específico. Por fim, considera-se que os procedimentos de criação em estúdio tornaram-se comum a processos criativos diversos e que, no caso de Alessandrini, demonstram uma relação íntima entre a escrita acusmática e a instrumental, em que as duas linguagens se influenciam mutuamente.