Compor de ouvido

processos colaborativos e escuta engajada em Luigi Nono

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/mh.v21.67574

Palavras-chave:

Processos colaborativos de criação musical, Escuta engajada, Composição Musical, Experimentalismo e Improvisação, Performance na música de Luigi Nono.

Resumo

Abordamos neste trabalho os processos criativos de Luigi Nono a fim de esboçar um modo de “compor de ouvido”, ou “com-posição” como posicionamento recíproco com o outro, através de uma escuta engajada. Agregamos a essa teoria seu interesse na experimentação com texto e voz, no processo criativo-colaborativo com os intérpretes e na experimentação em estúdio eletroacústico. Destacamos as revelações encontradas em seus próprios escritos e como suas ideias se concretizaram em suas composições entre 1965-1985, em especial nas obras “A floresta é jovem e cheia de vida” (1965-66) e “A Pierre. Dell’azzurro silenzio, inquietum” (1985). Concluímos que para Nono o compor de “ouvido” é tão importante quanto o compor de “cabeça”.

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Biografia do Autor

Fernando Kozu, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil, fkoozu@gmail.com

Fernando KOZU (1974). Compositor e professor. É graduado em Música pela Universidade Estadual de Londrina (UEL/1999), especialista em História e Filosofia da Ciência (UEL/2000) e mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP/2003), com dissertação sobre a complexidade no pensamento composicional de Brian Ferneyhough. Foi coordenador do 1º. e 2º. Encontro Paranaense de Composição Musical (EPCOM-2010/2012). Em 2010 e 2012 foi contemplado com o Prêmio Funarte de Composição Clássica, da XIX e XX Bienal de Música Brasileira Contemporânea (Rio de Janeiro). Em 2011 foi finalista do 1o. Concurso Nacional de Composição Musical CCTG/OSP/UFPR, da I Bienal Música Hoje (Curitiba/PR), com obra para orquestra sinfônica. Atualmente é Professor Assistente do curso de Licenciatura em Música da UEL, atuando na área de Linguagem e Estruturação Musical e desenvolve pesquisa de Doutorado relacionada à composição, arte sonora e guitarra experimental na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Felipe de Almeida Ribeiro, Universidade Estadual do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil, felipe.ribeiro@unespar.edu.br

Felipe de Almeida Ribeiro é Doutor em Composição Musical (Ph.D.) pela State University of
New York at Buffalo (Estados Unidos), onde estudou composição e computação musical sob a
orientação de Cort Lippe. Em 2008, Ribeiro obteve o título de mestre na University of Victoria
(Canadá) estudando composição com Dániel Péter Biró e Gordon Mumma, além de computação
musical com Andrew Schloss. Sua música tem sido executada e premiada em festivais e salas de
concerto nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Hungria, Brasil, Inglaterra, México, Argentina, e
interpretada por artistas como o Ralf Ehlers (Arditti Quartet), New York New Music Ensemble
(EUA), Luciane Cardassi (Brasil/Canadá), Norbbotten Neo (Suécia), THReNSeMBLe (Hungria),
Catarina Domenici (Brasil), Iracema de Andrade (Brasil/México), Arditti Quartet (Reino Unido),
Jack Quartet (EUA), Jean Kopperud (EUA), Aventa Ensemble (Canadá), Nieuw Ensemble
(Holanda), Magnus Anderson, Pascal Gallois e Rohan de Saram. Atualmente é Professor Adjunto
da Universidade Estadual do Paraná, lecionando composição, teoria, acústica e tecnologia musical.

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Publicado

2021-08-25 — Atualizado em 2021-11-14

Versões

Como Citar

KOZU, F.; RIBEIRO, F. de A. Compor de ouvido: processos colaborativos e escuta engajada em Luigi Nono. Música Hodie, Goiânia, v. 21, 2021. DOI: 10.5216/mh.v21.67574. Disponível em: https://revistas.ufg.br/musica/article/view/67574. Acesso em: 24 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos