Morfologia, anatomia foliar e fitoquímica de espécies de Eriope Humb. & Bonpl. ex Benth. (Lamiaceae) ocorrentes em Goiás

Autores

  • Marcos Augusto Schliewe Schliewe Universidade Federal de Goiás

Palavras-chave:

Chave de identificação, morfoanatomia, óleos essenciais, prospecção fitoquímica, taxonomia

Resumo

O gênero Eriope pertence à família Lamiaceae, subfamília Nepetoideae, tribo Ocimeae e subtribo Hyptidinae e possui cerca de 30 espécies, sendo 20 restritas aos campos rupestres do Brasil. No estado de Goiás, a Chapada dos Veadeiros, a Serra de Caldas, a Serra dos Cristais, a Serra Dourada e a Serra dos Pireneus são ambientes rupestres nos quais ocorrem espécies desse gênero. Além desses locais, também foram localizados espécimes de Eriope nos municípios de Colinas do Sul, Goiânia, Mineiros, Planaltina de Goiás, Uruaçu e Vianópolis, todos no bioma Cerrado. Foram registradas as localizações geográficas utilizando GPS e identificados exemplares férteis de cada táxon, os quais foram depositados no herbário UFG. Para a análise anatômica, fragmentos do pecíolo e da lâmina foliar foram fixados em FAA 70% por 24 h e, posteriormente, armazenados em etanol 70%. As lâminas histológicas foram confeccionadas utilizando-se as técnicas usuais de microtécnica vegetal. Para as análises químicas dos óleos essenciais e a prospecção fitoquímica das folhas, coletaram-se ramos, os quais foram armazenados em temperatura ambiente por 4 semanas em sacos de papel perfurados. As folhas secas foram trituradas, obtendo-se aproximadamente 30 g de pó para cada táxon. Os óleos essenciais foram extraídos por hidrodestilação em aparelho de Clevenger modificado e, em seguida, analisados usando cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG-EM). Foram estudados oito taxa: Eriope complicata Mart. ex Benth., Eriope crassipes Benth. subsp. crassipes var. acutifolia Benth., Eriope crassipes Benth. subsp. crassipes var. macrophylla Benth., Eriope crassipes Benth. subsp. cristalinae Harley, Eriope foetida A. St. Hil. ex Benth., Eriope velutina Epling e dois taxa coletados nos municípios de Alto Paraíso de Goiás e Cristalina, Goiás, descritos como espécies novas. A subespécie Eriope crassipes Benth. subsp. cristalinae Harley apresenta características morfológicas e anatômicas distintas dentro do grupo; desse modo, sugerese manter o status específico Eriope cristalinae (Harley) C. T. Rizzini e usar Eriope crassipes Benth. subsp. cristalinae Harley como sinonímia. Características como densa pilosidade, cutícula espessa, células epidérmicas com paredes anticlinais sinuosas, hipoderme, folhas anfiestomáticas, mesofilo isobilateral, ampla faixa de células esclerenquimáticas externamente ao floema e presença de esclereídes permitem concluir que as espécies estudadas são xeromórficas. Foram elaboradas chaves de identificação usando dados morfológicos e anatômicos para os taxa em estudo. As espécies apresentam heterosídeos antraquinônicos, flavonóides e saponínicos, triterpenos e compostos fenólicos. Em relação aos óleos essenciais, dos 58 componentes identificados, ?-copaeno, aromadendreno e ?-copaeno-4?-ol são comuns a todos os taxa.

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Publicado

10-05-2010

Como Citar

SCHLIEWE, M. A. S. Morfologia, anatomia foliar e fitoquímica de espécies de Eriope Humb. & Bonpl. ex Benth. (Lamiaceae) ocorrentes em Goiás. Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 5, n. 2, p. 69–70, 2010. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/9834. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Resumo de Tese