Condições de luz e temperatura na germinação de sementes de algodão do campo [Cochlospermum regium (Schrank) Pilger – Bixaceae]
DOI:
https://doi.org/10.5216/rbn.v5i2.9814Palabras clave:
Ácido sulfúrico, Cochlospermum regium, escarificação, fotoblastismoResumen
Cochlospermum regium (Schrank) Pilger é uma espécie frequente em áreas do 23Cerrado com alteração antrópica. O estudo do comportamento germinativo de uma espécie pode indicar se é uma pioneira e as melhores condições para testes de germinação em laboratório. Este trabalho teve como objetivo verificar a germinação de C. regium sob diferentes condições de luz e temperatura. O efeito da condição de luz foi avaliado em de- lineamento inteiramente casualizado no esquema fatorial 2x4, sendo dois pré-tratamentos e quatro condições de luz, com quatro repetições de 50 sementes. Os tratamentos pré-ger- minativos foram imersão em ácido sulfúrico e imersão em água e as condições de luz foram escuro, claro, vermelho extremo e vermelho. No experimento para determinar o efeito da temperatura foram utilizados os mesmos delineamento e tratamentos pré-germinativos, empregando temperaturas de 15ºC, 20ºC, 25ºC e 30ºC. As sementes de C. regium escarificadas com ácido sulfúrico germinaram em todas as condições de luz, sendo, portanto, consideradas fotoblásticas neutras. Os testes de germinação em laboratório devem ser feitos por um período de 15 dias a 25ºC com sementes escarificadas. Na sucessão ecológica, C. regium foi classificada como espécie pioneira.
Descargas
Citas
Araújo Neto, J. C. 1997. Caracterização e germinação de sementes e desenvolvimento pós-seminal de mutamba (Guazuma ulmifolia Lam.). Dissertação de Mestrado. Universidade do Estado de São Paulo, Jaboticacal, 81 p.
Barbosa, A. R., K. Yamamoto & I. F. M. Valio. 1999. Effect of light and temperature on germination and early growth of
Vochysia tucanorum Mart., Vochysiaceae, in Cerrado and forest soil under different radiation levels. Rev. Bras. Bot. 22: 275-280.
Barradas, M. M. & W. Handro. 1974. Algumas observações sobre a germinação de sementes de barbatimão, Stryphnodendron barbadetiman (Vell.) Mat. (Leguminosae- Minosoidaea). Bol. Bot. 2: 139-150.
Borghetti, F. 2004. Germinação: do básico ao aplicado. Artmed, Porto Alegre, 323 p.
Borghetti, F. 2005. Temperaturas extremas e a germinação das sementes, p. 207-218. In: R. J. M. C. Nogueira, E. L. Araújo, L. G. Willadino & U. M. T. Cavalcante (Orgs), Estresses ambientais: danos e benefícios em plantas. MXM Gráfica e Editora, Recife.
Brasil. Ministério de Agricultura. 1992. Regras para análise de sementes. Brasília, DF, 365 p.
Bryant, J. A. 1989. Fisiologia da semente. EPU, São Paulo, 86 p.
Budowski, G. 1965. Distribution of tropical American rain forest species in the light of successional processes. Turrialba, 15: 40-42.
Camilo, J. 2008. Germinação e conservação de germoplasma de algodão-do-campo (Cochlospermum regium (Mart. ex Schrank.). Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília, Brasília, DF, 95 p.
Coelho, M. F. B., D. M. Sales & M. C. F. Albuquerque. 2008. Germinação e emergência de Cochlospermum regium (Schrank) Pilg. em diferentes substratos. Rev. Bras. Pl. Med. 10: 90-96.
Copeland, L. O. & M. B. McDonald. 1985. Principles of seed science and technology. 2nd ed. Burgess Publishing Company, Minneapolis, 321 p.
Cordazzo, V. C. & H. Z. Souza. 1993. Germinação de Senecio crassiflorus (Compositae). Rev. Bras. Biol. 53: 81-86.
Dias, L. A., P. Kageyama & K. Issiki. 1992. Qualidade de luz e germinação de sementes de espécies arbóreas tropicais. Acta Amaz. 22: 79-84.
Dionello, S. B. 1978. Germinação de sementes e desenvolvimento de plântulas de Kielmeyera coriacea Mart. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, São Paulo, 123 p.
Fellipe, G. M. & J. C. S. Silva. 1984. Estudos de germinação em espécies do cerrado. Rev. Bras. Bot. 7: 157-163.
Gandolfi, S., H. F. Leitão Filho & C. L. F. Bezerra. 1995. Levantamento florístico e caráter sucessional das espécies arbustivo-arbóreas de uma floresta mesófila semidecídua no município de Guarulhos, SP. Rev. Bras. Biol. 55: 753-767.
Godoi, S. & M. Takaki. 2005. Efeito da temperatura e a participação do fitocromo no controle da germinação de sementes de embaúba. Rev. Bras. Sem. 27: 87-90.
Guarim Neto, G. 1987. Plantas utilizadas na medicina popular do estado de Mato Grosso. Ministério de Ciência e Tecnologia/CNPq, Brasília, DF, 58 p.
Hartmann, H. T., D. E. Kester, F. T. Davies Jr. & R. L. Geneve. 1997. Plant propagation: principles and practices. 6th ed. Prentice Hall, New Jersey, 770 p.
Kirizawa, M. 1981. Contribuição ao conhecimento morfo-ecológico e do desenvolvimento anatômico dos órgãos vegetativos e de reprodução de Cochlospermum regium (Mart. e Schr.) Pilger – Cochlospermaceae. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, São Paulo, 437 p.
Labouriau, L. & A. A. Pacheco. 1979. Isothermal germination rates in seeds of Dolichos biflorus L. Bol. Soc. Venez. Ciênc. Nat. 34: 73-112.
Martins, C. C., C. G. Machado & J. Nakagawa. 2008. Temperatura e substrato para o teste de germinação de sementes de barbatimão [Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville Leguminosae]. Rev. Árvore 32: 633-639.
Mendonça, R. C., J. M. Felfili, B. M. T. Walter, M. C. Silva Junior, A. V. Rezende, T. S. Filgueiras & P. E. Nogueira. 1998. Flora vascular do Cerrado, p. 289-556. In: S. M. Sano & S. P. Almeida (Eds), Cerrado: ambiente e flora. EMBRAPA–CPAC, Planaltina.
Odum, E. P. 1975. Ecologia. 2a ed. Editora Pioneira, São Paulo, 201 p.
Oliveira, C. C. de, J. M. de Siqueira, K. C. B. Souza & U. M. Resende. 1996. Antibacterial activity of rizomes from Cochlospermum regium preliminary results. Fitoterapia, 67: 176-177.
Oliveira, L. M., M. L. M. Carvalho, D. I. Borges & T. T. A. Silva. 2005. Temperatura e regime de luz na germinação de sementes de Tabebuia impetiginosa (Martius ex A. P. de Candolle) Standley e T. serratifolia Vahl Nich. – Bignoniaceae. Ciênc. Agrotec. 29: 642-648.
Ribeiro Junior, J. I. 2001. Análises estatísticas no SAEG. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 301 p.
Sales, D. M., M. F. B. Coelho, M. C. F. Albuquerque & A. Ferronato. 2002. Superação da dormência por ácido sulfúrico em sementes de algodão do campo Cochlospermum regium (Mart. & Schr.) Pilg. - Cochlospermaceae. Rev. Bras. Pl. Med. 4: 65-71.
Santana, D. G. & M. A. Ranal. 2000. Análise estatística da germinação. Rev. Bras. Fisiol. Veg. 12: 205-237.
Santarém, E. R. & M. E. A. Áquila. 1995. Influência de métodos de superação de dormência e do armazenamento de Senna macranthera (Collandon) Irwin e Barneby (Leguminosae). Rev. Bras. Sem. 17: 205-209.
Santos, D. L., V. Y. Sugahara & M. Takaki. 2005. Efeitos da luz e da temperatura na germinação de sementes de Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich, Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex D.C.) Standl. e Tabebuia roseo-alba (Ridl) Sand - Bignoniaceae. Ciênc. Flor. 15: 87-92.
Viu, A.F.M., E.A. Costa, M.A.O. Viu,L.Z. O. Campos & S. C. Santos. 2007. Germinação e desenvolvimento de plântulas de [Cochlospermum regium (Schrank) Pilger] (algodão-do-campo) em diferentes substratos. Rev. Bras. Bioci. 5: 957-959.
Vuaden, E. R., M. C. F. Albuquerque, S. C. Guimarães & M. F. B. Coelho. 2004. Efeito da temperatura sobre a germinação de sementes de Hyptis cana Pohl. provenientes de diferentes ambientes. Rev. Bras. Pl. Med. 7: 92-97.
Zaidan, L. B. P. & R. C. Carreira. 2008. Seed germination in Cerrado species. Braz. J. Plant Physiol. 20: 167-181.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La sumisión espontánea de trabajos automáticamente implica en la cesión integral de los derechos patrimoniales a la Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology (RBN), después de la publicación. El autor concede a la RBN el derecho de la primera publicación de su articulo, licenciado bajo Licencia Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC 4.0).
Lo son garantizados a los autores los derechos autorales y morales de cada uno de los artículos publicados por la RBN, permitiéndoles:
1. El uso del artículo y de suyo contenido para el propósito de enseñanza y de investigación.
2. Divulgación del artículo y de suyo contenido, si lo hacer el link para el Artículo en sitio web de la RBN, permitiéndole la divulgación en:
- redes cerradas de instituciones (intranet).
- repositorios de acceso abierto.
3. Elaboración y divulgación de obras resultantes del artículo y de suyo contenido, si lo hacer la citación de la publicación original en la RBN.
4. Hacer copias impresas en pequeñas cantidades para uso personal.