Morfoanatomia caulinar de seis espécies de Phoradendron Nutt. (Viscaceae)

Autores

  • Greta Aline Dettke
  • Maria Auxiliadora Milaneze-Gutierre

DOI:

https://doi.org/10.5216/rbn.v6i1.12631

Palavras-chave:

Anatomia vegetal, crescimento secundário, hemiparasitas, Phoradendron, Viscaceae

Resumo

Neste estudo, foi realizada a análise morfoanatômica do caule de seis espécies de hemiparasitas (Phoradendron, Viscaceae) ocorrentes no município de Maringá, Paraná. Dependendo da espécie, o caule apresenta em seção transversal formato circular, losangular com expansões nos vértices ou quadrangular. O caule apresenta-se recoberto por cutícula fina; as células epidérmicas formam papilas pouco ou bastante proeminentes, dependendo da espécie; possuem as paredes anticlinais e periclinais externas espessas e cutinizadas. Após crescimento secundário acentuado, esse revestimento cutinizado pode se romper, formando uma região de cicatrização; a presença de papilas auxilia no crescimento em diâmetro. O parênquima cortical é fotossintético, possui braquiesclereídes, idioblastos cristalíferos e secretores de compostos fenólicos, além de acumular substâncias lipídicas. Os feixes vasculares apresentam crescimento secundário já nos primeiros entrenós, formando, em seguida, um sistema vascular compacto, com raios portando grande quantidade de amiloplastos. Do floema e xilema primários derivam calotas de fibras. A medula, inicialmente parenquimática, torna-se esclerificada, portando cristais, amido e grandes grupos de braquiesclereídes. O formato do caule, em seção transversal, é a característica mais indicada para fins taxonômicos, sendo as características anatômicas complementares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ashworth, V. E. T. M. 1997. Transectional anatomy of leaves and young stems of mistletoe genus Phoradendron Nutt. (Viscaceae). Amer. J. Bot. 84: 174.

Ashworth, V. E. T. M. 2000. Phylogenetic relationships in Phoradendreae (Viscaceae) inferred from three regions of the nuclear ribosomal cistron. I. Major lineages and paraphyly of Phoradendron. Syst. Bot. 25: 349-370.

Ashworth, V. E. T. M. & G. Santos. 1997. Wood anatomy of four californian mistletoe species (Phoradendron, Viscaceae). IAWA J. 18: 229-245.

Calvin, C. L. 1967. The vascular tissues and development of sclerenchyma in the stem of the mistletoe, Phoradendron flavences. Bot. Gaz. 128: 35-59.

Cannon, W. A. 1901. The anatomy of Phoradendron villosum Nutt. Bull. Torrey Bot. Club. 28: 374-399.

Carlquist, S. 1985. Wood and stem anatomy of Misodendraceae: systematic and ecological conclusions. Brittonia 37: 58-75.

Der, J. P. & D. L. Nickrent. 2008. A molecular phylogeny of Santalaceae (Santalales). Syst. Bot. 33: 107-116.

Dettke, G. A. & M. A. Milaneze-Gutierre. 2007. Estudo anatômico dos órgãos vegetativos da hemiparasita Phoradendron mucronatum (DC.) Krug & Urb. (Viscaceae). Rev. Bras. Bioc. 5: 534-536.

Ferreira, C. P., H. S. Xavier & R.M.M. Pimentel. 2007. Estudo morfoanatômico foliar de Phoradendron mucronatum (D.C.) Krug. & Urb. Rev. Bras. Bioc. 5: 708-710.

Hauenstein, E, V. Arriagada & M. Latsague. 1990. La epidermis foliar de las Loranthaceae chilenas y su relación con la ecología. Darwiniana 30: 143-153.

Johansen, D. A. 1940. Plant microtechnique. McGraw-Hill, New York.

Kraus, J. E. & M. Arduim. 1997. Manual básico de método em morfologia vegetal. EDUR (Editora Universidade Rural), Rio de Janeiro.

Kuijt, J. 2003. Monograph of Phoradendron (Viscaceae). Syst. Bot. Monogr. 66: 1–643.

Metcalfe, C. R. & L. Chalk. 1979. Loranthaceae. p.1 188-1194. In: C. R. Metcalfe & L. Chalk (Eds.), Anatomy of the Dicotyledons. Oxford, Clarendon Press.

Nickrent, D. L. 1997. The parasitic plant connection. Disponível em: http://www. parasiticplants.siu.edu/.

Rizzini, C. T. 1950. Sobre Phoradendron fragile Urb. Rev. Bras. Biol. 10: 45-58.

Rizzini, C. T. 1968. Lorantáceas catarinenses, p. 1-44. In: R. Reitz (Ed.) Flora ilustrada catarinense. Itajaí, Herbário Barbosa Rodrigues.

Rizzini, C. T. 1978. El género Phoradendron en Venezuela. Rodriguesia 46: 33-125.

Sass, J. E. 1951. Botanical microtechnique. The Iowa State College Press, Ames.

Strasburger, E. 1924. Handbook of practical botany. MacMillan Company, New York.

Varela, B. G. & A. A. Gurni. 1995. Anatomía foliar y caulinar comparativa del muérdago criollo y del muérdago europeo. Acta Farm. Bonaer. 14: 21-29.

Venturelli, M. 1980. Desenvolvimento anatômico do haustório primário de Struthanthus vulgaris Mart. Bol. Bot. USP 8: 47-64.

Venturelli, M. 1981. Estudos sobre Struthanthus vulgaris Mart.: anatomia do fruto e semente e aspectos de germinação, crescimento e desenvolvimento. Rev. Bras. Bot. 4: 131-147.

Venturelli, M. 1984a. Estudos embriológicos em Loranthaceae: Struthanthus flexicaulis Mart. Rev. Bras. Bot. 7: 107-119.

Venturelli, M. 1984b. Estudos sobre Struthanthus vulgaris Mart.: aspectos anatômicos de raiz adventícia, caule e folha. Rev. Bras. Bot. 7: 79-89.

Wilson, C. A. & C. L. Calvin. 2003. Development, taxonomic significance and ecological role of the cuticular epithelium in the Santalales. IAWA J. 24: 129-138.

York, H. H. 1909. The anatomy and some of the biological aspects of the “American mistletoe” (Phoradendron flavescens (Pursh). Nutt. Bull. Univ. Texas 120: 5-31.

Downloads

Publicado

14-12-2010

Como Citar

DETTKE, G. A.; MILANEZE-GUTIERRE, M. A. Morfoanatomia caulinar de seis espécies de Phoradendron Nutt. (Viscaceae). Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 6, n. 1, p. 25–34, 2010. DOI: 10.5216/rbn.v6i1.12631. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/12631. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos