Estudo dos nervos do membro pélvico do Tamandua tetradactyla

Autores

  • Warley Vieira de Freitas Paula Graduando em Medicina Veterinária. Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.
  • Ulisses Saraiva Nogueira Graduando em Medicina Veterinária/EVZ Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.
  • Viviane Souza Cruz Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Morfologia, Goiânia/GO
  • Edson José Benetti Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Morfologia, Goiânia/GO
  • Gabriel Qualhato Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Morfologia, Goiânia/GO
  • Júlio Roquete Cardoso Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Morfologia, Goiânia/GO

DOI:

https://doi.org/10.5216/rbn.v13i2.32325

Palavras-chave:

Inervação, Myrmecophagidae, Neurologia, Xenarthra.

Resumo

O objetivo deste estudo foi descrever a distribuição dos nervos do membro pélvico do T. tetradactyla. Para tanto, foram utilizados quatro cadáveres de animais adultos cedidos pelo IBAMA-GO. Cada animal teve o membro pélvico de ambos os antímeros dissecados após fixação em solução de formaldeído a 10%. Os nervos genitofemoral e cutâneo femoral lateral distribuíram-se na pele medial e craniomedial e craniolateral da coxa, respectivamente. O nervo femoral emitiu ramos para os músculos psoas menor, iliopsoas, sartório e pectíneo; terminando por penetrar no músculo quadríceps femoral. Emitiu o nervo safeno, que em seu trajeto, inervou a pele da face medial da coxa e perna e região dorsomedial do pé. O nervo obturador emitiu ramos para músculos mediais da coxa. Os nervos glúteos cranial e caudal inervaram a musculatura glútea. O nervo isquiático inervou os músculos gêmeos, quadrado femoral, semi-membranoso, semitendinoso, bíceps femoral longo e curto e terminou dividindo-se nos nervos cutâneo lateral da sura, tibial, e fibular comum. O nervo cutâneo lateral da sura inerva a região cutânea craniolateral do joelho e perna, enquanto os nervos fibular comum e tibial inerva a musculatura da perna e terminam distribuindo-se no pé.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ulisses Saraiva Nogueira, Graduando em Medicina Veterinária/EVZ Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.

Estudante de Medicina Veterinária da EVZ?UFG, atualmente engajado nas atividades de auxílio aos estudantes de anatomia em estudo extra-aula, organização de peças anatômicas, limpeza da coleção de ossos e dissecação para fins de ensino e pesquisa.

Viviane Souza Cruz, Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Morfologia, Goiânia/GO

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás (1994), mestrado em Biologia pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (1999) e Doutorado em ciência Animal pela Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (2013). Atualmente é professora Adjunto 1 da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Anatomia, atuando principalmente nos seguintes temas: anatomia animal, monitoria, projeto de extensão, concurso e docência. Revisora dos periódicos: Ciência Animal Brasileira e Bioscience Journal e Veterinária Notícias.

Edson José Benetti, Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Morfologia, Goiânia/GO

Graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas - Faculdade de Ciências - Bauru pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995); mestrado em Ciências Biológicas - Anatomia/Biologia Estrutural - IB - Botucatu pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001), e; doutorado em Ciências - Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (2005). Membro da Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA); Membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Editor associado da Revista de Biologia Neotropical do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (RBN/ICB/UFG). É Professor efetivo (adjunto III) da Universidade Federal de Goiás, lotado no Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas (DMORF/ICB/UFG). Ministra aulas na área de Anatomia (Humana; Comparativa) para os cursos de graduação em Biotecnologia, Ciências Biológicas e Enfermagem. É Subcoordenador e orientador no Curso de Especialização em Tecnologias Aplicadas ao Ensino de Biologia (Lato sensu - ETAEB/ ICB/UFG). É Coordenador e Membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de graduação em Ciências Biológicas (Bacharelado - CBB/ICB/UFG). Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Anatomia, abordando os temas de: anatomia e microscopia do sistema cardiovascular (coração e vasos) dos vertebrados [Peixes (Liposarcos anisitsi); Anfíbios (rã touro - Rana catesbeiana) e; Mamíferos (Dasypus novemcinctus e Didelphis azarae - arco aórtico)].

Endereço para acessar CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/7241284512840666

Gabriel Qualhato, Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Morfologia, Goiânia/GO

Graduado em Ciências Biológicas na Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Morfologia e técnicas Anatômicas e histológicas, com ênfase em Anatomia e Histologia.Atualmente é técnico em Anatomia e Necropsia pela Universidade Federal de Goiás, onde desenvolve atividades de pesquisa e extensão em anatomia animal e histologia.

Júlio Roquete Cardoso, Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Morfologia, Goiânia/GO

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia (2000), Mestrado em Medicina Veterinária na área de Anatomia dos Animais Domésticos pela Universidade de São Paulo (2002) e Doutorado em Biologia Celular e Estrutural pela Universidade Estadual de Campinas (2007). Foi docente por 8 anos de Anatomia Animal e Histologia Veterinária nos cursos de Graduação em Medicina Veterinária e em Zootecnia da Upis - Faculdades Integradas. Ministrou também a disciplina Tópicos em Biologia Celular no curso de Mestrado em Ciência Animal da mesma instituição. Foi professor Adjunto da UFMT na área de Anatomia Animal. Atualmente é Professor Adjunto 3 na área de Anatomia Animal da UFG. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Anatomia Animal e Histologia Veterinária.

Referências

Cardoso J. R., P. R. Souza, V. S. Cruz, E. J. Benetti, M. S. Brito e Silva, P. C. Moreira, A. A. L. Cardoso, A. K. Martins, T. Abreu, K. Simões & F. R. Guimarães. 2013. Estudo anatômico do plexo lombossacral de Tamandua tetradactyla. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. 65: 1720-1728.

Chagas, R. G., S. S. Drummond, F. O. C. Silva, D. Eurides, E. C. M. Alves & R. L. Miranda. 2006. Origem e distribuição do nervo obturatório em suínos (Sussrofa domesticus – LINNAEUS, 1758) da linhagem AG-1050. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR. 9: 15-20.

Cruz, V. S., J. R. Cardoso, L. B. M. Araújo, P. R. Souza & E. G. Araújo. 2013. Aspectos anatômicos dos nervos da coxa de tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla, Linnaeus, 1758). Biosci. J. 29: 1275-1283.

Cruz, V. S., J. R. Cardoso, L. B. M. Araújo, P. R. Souza, N. C. Borges & E. G. Araújo. 2014. Aspectos anatômicos do plexo lombossacral de Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758) Biosci. J. 30: 235-244.

Cubas, Z. S., J. C. R. Silva & J. L. Catão-Dias. 2006. Tratado de animais selvagens – Medicina Veterinária. São Paulo, Roca, p.1354.

Diniz, L. S. M., E. O. Costa & P. M. A. Oliveira. 1995. Clinical disorders observed in anteaters (Myrmecophagidae, Edentata) in captivity. Veterinary Research Communications. 19: 409-415.

Dyce, K. M., W. O. Sack & C. J. G. Wensing. 2004. Tratado de anatomia veterinária. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, p. 813.

Emmons, L. H. 1999. Neotropical rainforest mammals – field guide. University of Chicago Press, Chicago, p. 307.

Evans, H. E. & A. de Lahunta. 2001. Guia para a dissecação do cão. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 163-174.

Fonseca, G. A. B., G. Herrmann, Y. L. R. Leite, R. A. Mittermeier, A. B. Rylands & J. L. Patton. 1996. Lista anotada dos mamíferos do Brasil. Occasional Papers in Conservation Biology. n. 4. Belo Horizonte: Conservation Internacional; Fundação Biodiversitas, p.38.

Getty, R. 1986. Anatomia dos Animais Domésticos. 5a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 635-640; 1067-1072.

Guimarães G. C., M. R. F. Machado, A. F. Q. Santos, L. G. Vieira, A. G. Souza, J. M. M. Silva & A. P. S. Kaminishi. 2005. Origem e distribuição do nervo isquiático no gato doméstico (Felis catus domesticus Linnaeus, 1758). Bioscience Journal. 21: 189-195.

International Committee on Veterinary Gross Anatomical Nomenclature. Nomina anatômica veterinaria. 5.ed. Ithaca: Cornell University. 2005. 190p.

Lizardo, F. B., F. O. C. Silva, R. S. Severino, E. C. Guimarães, L. A. Santos, F. H. F. Eulálio, G. C. Sousa, M. A. Facury Neto, R. Bernardino Júnior & L. G. Cabral. 2009. Origin and distribution of the femoral nerve in fetuses of zebu-crossed bovines. Brazilian Journal of Morphological Sciences. 26: 91-96.

Moraes, D. V., J. D. Martins, F. O. C. Silva, S. S. Drummond & R. S. Severino. 2007. Origem e distribuição do nervo femoral em eqüinos sem raça definida. Revista Horizonte Científico. 1: 1-10.

Nascimento, R. M., P. O. Scherer, H. B. Palhano, C. G. Barbosa & M. Abidu-Figueiredo. 2011. Origem e distribuição antimérica dos nervos isquiáticos em caprinos recém-natos da raça Saanen. Revista Brasileira de Medicina Veterinária. 33: 177-183.

Nowak, R. M. 1999. Walker’s Mammals of the World. Vol.1. 6. ed. Baltimore and London: The Johns Hopkins University Press, p. 836.

Oliveira, G. B., J. F. G. Albuquerque, M. N. Rodrigues, A. L. C. Paiva, C. E. B. Moura, M. A. Miglino & M. F. Oliveira. 2011. Origem e distribuição do nervo femoral do mocó, Kerodon rupestris (Cavidae). Pesquisa Veterinária Brasileira. 31(Supl.1): 84-88.

Pereira K. F., J. F. F. S. Paranaiba, C. Helrigle & E. G. Araújo. 2011. Origem e distribuição anatômica do nervo isquiático de mão-pelada (Procyon cancrivorus). Pesquisa Veterinária Brasileira. 31(Supl.1): 74-78.

Santos, R. C., J. F. G. Albuquerque, M. C. V. Silva, C. E. B. Moura, R. S. N. Chagas, R. R. Barbosa & M. A. Migliano. 2006. Anatomia do nervo isquiático em mocós (Kerodon rupestris WIED, 1820) aplicada à clínica de animais silvestres. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. 43: 647-653.

Silva, F. 1994. Mamíferos silvestres do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, p.246.

Tavares, S. V. & J. G. Koenemann. 2008. Ocorrência de Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) (Xenarthra, Myrmecophagidae) no município de Itaqui, fronteira oeste do Rio Grande do Sul, Brasil. Biodiversidade Pampeana. 6: 30-33.

Wetzel, R. M. 1982. Systematics, distribution, ecology and conservation of South American Edentates. In: MARES, M. A.; GENOWAY, H. H. (Eds.). Mammalian Biology in South America. Pittsburgg: The University of Pittsburgh, p. 345-375.

Downloads

Publicado

20-02-2017

Como Citar

VIEIRA DE FREITAS PAULA, W.; NOGUEIRA, U. S.; CRUZ, V. S.; BENETTI, E. J.; QUALHATO, G.; CARDOSO, J. R. Estudo dos nervos do membro pélvico do Tamandua tetradactyla. Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 13, n. 2, p. 261–267, 2017. DOI: 10.5216/rbn.v13i2.32325. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/32325. Acesso em: 9 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos