ESTUDOS ANATÔMICOS EM TRÊS ESPÉCIES DE Elaphoglossum SCHOTT EX J. SM. (DRYOPTERIDACEAE – SAMAMBAIA): UMA CONTRIBUIÇÃO TAXONÔMICA

Autores

  • Ana Carla Feio UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

Palavras-chave:

Amazônia, anatomia de samambaias, caracteres unificadores, histoquímica de Elaphoglossum

Resumo

Na Amazônia brasileira ainda são poucas as informações sobre as samambaias. Os trabalhos florísticos vêm sendo desenvolvidos principalmente em áreas de conservação. Grande parte desses estudos fazem referência à Dryopteridaceae como uma das famílias com maior riqueza específica, representada pelo gênero Elaphoglossum. Apesar de ser um gênero facilmente reconhecido pelas folhas simples e soros acrosticóides, a mesma facilidade não ocorre na determinação de suas espécies. A partir desta problemática, este trabalho objetivou caracterizar a anatomia de folhas estéreis e rizomas, bem como localizar os sítios de produção e/ou acumulação de compostos bioativos, nas espécies E. discolor, E. flaccidum e E. laminarioides, para inventariar caracteres que auxiliem na taxonomia do gênero. O material fértil foi submetido às técnicas de herborização, enquanto outra parte às técnicas usuais em anatomia vegetal, para confecção de lâminas e análise estrutural em microscopia de luz e eletrônica de varredura. Os testes histoquímicos foram realizados em secções a mão livre de acordo com os protocolos específicos. Ambas as espécies possuem: epiderme uniestratificada, sendo as paredes, em vista frontal, sinuosas em ambas as faces; são hipoestomáticas, predominando o tipo polocítico, com estômatos no mesmo nível das demais células epidérmicas; os feixes vasculares são bicolaterais na folha e anficrivais no rizoma; estelo do tipo dictiostelo; em cada feixe vascular há endoderme e periciclo, sendo envolvidos por bainha cortical lignificada; mesofilo homogêneo. Apenas E. laminarioides apresentou estômatos do tipo copolocítico e anomocítico, além de bainha cortical lignificada no pecíolo e apenas E. flaccidum apresentou margem em forma de bico e mesofilo com células braciformes. Quanto às características histoquímicas, observou-se que E. laminarioides foi a espécie que mais se destacou em relação a presença de compostos bioativos, devido ter apresentado resultados positivos para carboidratos neutros, lipídios ácidos e alcalóides. Apesar das espécies terem apresentado um padrão unificador em grande parte dos caracteres inventariados, foi possível distingui-las.

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Biografia do Autor

Ana Carla Feio, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

Licenciada Plena em Biologia (IFPA), Mestre em Ciências Biológicas, área de concentração, Botânica Tropical pela Universidade Federal Rural da Amazônia/ Museu Paraense Emílio Goeldi (UFRA/ MPEG) com anatomia do gênero Elaphoglossum Schott ex. Smith (Dryopteridaceae-Samambaia). Fui bolsista PCI-DD (CNPq) realizando trabalhos com caracterização farmacognóstica e histoquímica de plantas medicinais amazônicas. Atualmente em doutoramento pela Pós graduação em Botânica da Universidade Federal de Viçosa.

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Publicado

21-12-2012

Como Citar

FEIO, A. C. ESTUDOS ANATÔMICOS EM TRÊS ESPÉCIES DE Elaphoglossum SCHOTT EX J. SM. (DRYOPTERIDACEAE – SAMAMBAIA): UMA CONTRIBUIÇÃO TAXONÔMICA. Revista de Biologia Neotropical / Journal of Neotropical Biology, Goiânia, v. 8, n. 2, 2012. Disponível em: https://revistas.ufg.br/RBN/article/view/20084. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Resumo de Tese