Comportamento das Entidades Fechadas de Previdência Complementar do Brasil em relação a possíveis práticas de degradação socioambiental de investidas
DOI:
https://doi.org/10.56000/rci.v2i1.77316Resumo
Objetivo: o objetivo desta pesquisa é analisar o comportamento das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) no Brasil em relação às práticas de degradação socioambiental de suas empresas investidas, com foco na promoção de práticas sustentáveis a longo prazo.
Método: desenvolveu-se um questionário enviado a 180 analistas de EFPC, obtendo 23 respostas. Os participantes expressaram suas opiniões diante de situações hipotéticas de práticas de degradação socioambiental. A pesquisa destaca a governança como uma preocupação central, e os resultados são baseados na análise das respostas em relação às questões ambientais e sociais.
Principais Resultados: a governança é uma das principais preocupações dos gestores das EFPC, com apenas 4,76% afirmando não monitorar esses aspectos. Entretanto, a maioria (56,5%) não considera questões ambientais, e 47,8% não se preocupam com questões sociais. Diante de práticas hipotéticas de degradação socioambiental, 82% resgatariam o investimento frente a degradação de questões sociais, enquanto no âmbito ambiental, esse percentual cai para 67%. Apenas 43,48% revisam seu relacionamento com investidas ao identificar práticas em desacordo com princípios de investimentos responsáveis.
Principais Contribuições: os resultados revelam que a maioria das EFPC prioriza o retorno sobre o investimento, demonstrando menor preocupação com questões ambientais e sociais. A pesquisa destaca a necessidade de maior ênfase na consideração de práticas sustentáveis e princípios de investimentos responsáveis nas decisões de investimento pelas EFPC.