Intencionalidade musicante: eu me movo, logo o mundo soa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/mh.v25.81656

Palavras-chave:

performance musical; fenomenologia; intencionalidade musicante.

Resumo

Este artigo tem o objetivo de realizar uma análise fenomenológica da performance musical. O método fenomenológico investiga o modo como as coisas aparecem à consciência, neste sentido, então, o estudo busca compreender o modo de aparecimento à consciência do ato que dá vida a uma obra musical. A intencionalidade musicante é complexa e constituída por outras intencionalidades. Sob o ponto de vista da performance musical, o objeto é sempre intersensorial, situado e vivido pelo corpo próprio e pelo eu musicante. A intencionalidade musicante engloba em uma unidade as intenções táteis, motoras, auditivas (interna e externa), visuais e temporais. A análise fenomenológica do tempo realizada por Husserl contribuiu para diferenciar o tempo objetivo, o tempo musical e o tempo imanente. A proposta de redução fenomenológica assinalou a intencionalidade musicante conjuntamente com o aspecto tríplice do tempo imanente, em sua retenção, impressão primordial e protensão. Na redução, foi adotado como ponto de partida o piano. Cada instrumento musical possui sua disponibilidade ou manuseabilidade, o que exige outras reduções. Por um lado há a infinita diversidade de ideias musicais (variável), por outro lado, em todas as performances musicais a intencionalidade musicante é sempre uma unidade das intenções auditivas, temporais e tátil-motoras (invariável). “Eu me movo, logo o mundo soa” é um mote sintético que diz respeito a qualquer instrumento musical e a qualquer performance.

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Biografia do Autor

Jonas Bach Jr., Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, Minas Gerais, Brasil jonas.bach@uftm.edu.br

Doutorando em Educação pela UFPR e Alanus Hochschule, com pesquisa sobre a Pedagogia Waldorf como práxis educativa para a liberdade. Mestre em Educação pela UFPR, com pesquisa sobre a educação ecológica na Pedagogia Waldorf. Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo (UFPR). Diretor musical, arranjador e solista da Orquestra Harmônicas de Curitiba.

Fátima Graça Monteiro Corvisier, Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil fatimacorvisier@usp.br

Fátima Corvisier é doutora em Música pela Universidade de São Paulo, mestre e bacharel pela Escola de Música da UFRJ, onde recebeu a Medalha de Ouro. Atuou como recitalista no Brasil, Estados Unidos e Alemanha, sendo vencedora do II Concurso Dirk Bovendorp e solista da OSESP sob regência de Eleazar de Carvalho. Em parceria com Fernando Corvisier, forma o Duo Corvisier, com atuações destacadas nos EUA e Europa, incluindo apresentações em universidades e eventos científicos internacionais. Desenvolve pesquisas nas áreas de Pedagogia do Piano e Práticas Interpretativas. Desde 2004, é professora de piano e atualmente Chefe do Departamento de Música da FFCLRP–USP.

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Publicado

2025-07-17

Como Citar

BACH JR., Jonas; GRAÇA MONTEIRO CORVISIER, Fátima. Intencionalidade musicante: eu me movo, logo o mundo soa. Música Hodie, Goiânia, v. 25, 2025. DOI: 10.5216/mh.v25.81656. Disponível em: https://revistas.ufg.br/musica/article/view/81656. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Artigos