Do recurso ao cravo no século XX em óperas de Ruy Coelho, Augusto Machado e Joly Braga Santos
DOI:
https://doi.org/10.5216/mh.v21.66931Palabras clave:
cravo, cravo moderno, ópera, organologiaResumen
Quando, possivelmente sob influência de Wanda Landowska, Ruy Coelho (1889-1986) inclui o cravo no efectivo orquestral da sua primeira ópera, torna-se assim o primeiro compositor português moderno a recorrer a este então recém-redescoberto instrumento. Desse momento em diante volta a utilizá-lo em várias outras obras, e no contexto lusitano será um dos poucos a fazê-lo. A presente comunicação pretende reflectir sobre o imaginário conceptual e sonoro que sustentou esta renovada utilização do cravo, quais os desafios técnico-organológicos associados e qual a sua razão de existência e significações possíveis no contexto dramático-musical das óperas portuguesas do século XX que dele fizeram uso: Serão da infanta (1913) e Rosas de todo o anno (1921) de Ruy Coelho, Rosas de todo o anno (1920) de Augusto Machado (1845-1924) e Trilogia das Barcas (1970) de Joly Braga Santos (1924-1988).