A “Viola quebrada” e a doce música: entre o Mário de Andrade cantor e o teórico
: entre o Mário de Andrade cantor e o teórico
DOI:
https://doi.org/10.5216/mh.v24.78264Palavras-chave:
Mário de Andrade, Chico Antônio, Teórico e prático, cantar brasileiro, viola quebradaResumo
Este trabalho tem por objeto principal a associação entre o Mário de Andrade teórico e o prático – o musicólogo e o cantor, o escritor e o cantador. Através dessas duas facetas, que se complementam, Mário de Andrade se firmou como o maior estudioso e entendedor da música brasileira e, com recentes descobertas, também um cantor que demonstrava na prática o que pretendia na teoria. Seu cantar e escritos sobre a prática do cantar nacional muito se basearam na figura do embolador Chico Antônio, que sintetizava, no canto, aquilo que Mário de Andrade professava em sua bibliografia. Nossa busca se constitui em decodificar esse cantar brasileiro contemporâneo, amparado em estudos relevantes e consagrados sobre o tema, e por meio da escuta de Mário de Andrade e Chico Antônio, traçar um esboço do que seria o ideal do cantar brasileiro na música de concerto hoje. Os resultados foram constatar que nasalidade, destreza retórica, improvisação e jocosidade ainda estão presentes no cotidiano dos cantadores de embolada e de modinhas da atualidade, e como Mário de Andrade deixou um legado com estreita conexão com o canto étnico multifacetado dos diversos “Brasis” de todas as regiões do país continental.