CINEMA NA ESCOLA: MÍDIA-EDUCAÇÃO E PRÁTICAS DOCENTES AUDIOVISUAIS
DOI:
https://doi.org/10.5216/ia.v50i2.82746Palavras-chave:
Mídia-Educação, Literacia Midiática, Educação Audiovisual, Formação docenteResumo
Este artigo tem como objetivo identificar, em práticas pedagógicas envolvendo produção audiovisual, aspectos que concernem à mídia-educação. Como metodologia foi desenvolvido um estudo de caso a partir do projeto de formação continuada Cinema na escola: construindo espaços de cidadania, dando ênfase ao processo de criação de três filmes realizados por professoras da Educação Infantil. A análise revela que a experiência favoreceu a articulação entre conhecimento tácito e prática empírica, permitindo o desenvolvimento de competências não previstas nos documentos oficiais. A mediação das professoras despertou espaços de participação para crianças pequenas no processo criativo, incluindo a valorização de seus pontos de vista e a superação da dicotomia do olhar adulto sobre a infância.
Downloads
Referências
BERGALA, A. A hipótese-cinema: pequeno tratado de transmissão do cinema dentro e fora da escola. Rio de Janeiro: Booklink e CINEAD, 2008.
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF, 16 jul. 1990. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm.Acesso em: 22 mai. 2025.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 22 mai. 2025.
BRASIL. Lei nº 13.006, de 26 de junho de 2014. Acrescenta § 8º ao art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para obrigar a exibição de filmes de produção nacional nas escolas de educação básica. Brasília, DF, 27 jun. 2014. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13006.htm. Acesso em: 22 mai. 2025.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2017. Disponível em: https://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 22 mai. 2025.
BRASIL. Lei nº 14.533, de 11 de janeiro de 2023. Institui a Política Nacional de Educação Digital. Brasília, DF, 12 jan. 2023. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/lei/l14533.htm. Acesso em: 22 mai. 2025.
BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1992.
BUCKINGHAM, D. Cultura digital, educação midiática e o lugar da escolarização. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 35, n. 3, set./dez., 2010, p. 37-58. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/download/13077/10270/62163. Acesso em: 22 mai. 2025.
FANTIN, M.; RIVOLTELLA, P. C. Cultura digital e formação de professores: usos da mídia, práticas culturais e desafios educativos. In: FANTIN, M.; RIVOLTELLA, P. C. (orgs.), Cultura digital e escola: Pesquisa e formação de professores. Campinas: Papirus, 2012, p. 98-153.
FREITAS, H. C. L. Formação de Professores no Brasil: 10 anos de embate entre projetos de formação. Educação e Sociedade, Campinas, v. 23, n. 80, set. 2002, p. 136-167. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302002008000009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/hH5LZRBbrDFKLX7RJvXKbrH/?lang=pt. Acesso em: 22 mai. 2025.
FRESQUET, A. Cinema e educação: reflexões e experiências com professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
FRESQUET, A. Políticas e pedagogias de cinema e educação na escola hoje. In Fresquet, A. M. (Org.). Proposta Programa Nacional de Cinema na Escola. Belo Horizonte: Universo Produção, 2024, p. 12-23.
FISCHER, R. M. B. Problematizações sobre o exercício de ver: mídia e pesquisa em educação. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , n. 20, p. 83-94, ago. 2002 . Disponível em: http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782002000200007&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 22 mai. 2025.
MARTINS, K. J.; FANTIN, M. Espaços de participação na produção audiovisual de jovens estudantes na escola. Textura, Canoas, v. 20, n. 44, p. 130-151, 2018. DOI: https://doi.org/10.17648/textura-2358-0801-20-44-4532. Disponível em: http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/txra/article/view/4532. Acesso em: 22 mai. 2025.
NÓVOA, A. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 47, n. 166, p. 1106-1133, out./dez. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/198053144843. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/WYkPDBFzMzrvnbsbYjmvCbd/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 22 mai. 2025.
GÓMEZ, A. P. O pensamento prático do professor: a formação do professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, A. (org.), Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995, p. 93-114.
MIGLIORIN, C.; PIPANO, I. Cinema de brincar. Belo Horizonte: Relicário, 2019.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Pátio, Porto Alegre, n. 17, mai./jul. 2001, p. 8-12. Disponível em: https://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2001/2001_23.html. Acesso em: 22 mai. 2025.
QUARTIERO, E. M.; BONILLA, M. H.; FANTIN, M. Projeto UCA: entusiasmos e desencantos de uma política pública. Salvador: Editora da UFBA, 2015.
RIVOLTELLA, P. C. Retrospetivas e tendências da pesquisa em mídia-educação no contexto internacional. In: FANTIN, M.; RIVOLTELLA, P. C. (orgs.), Cultura digital e escola: Pesquisa e formação de professores. Campinas: Papirus, 2012, p. 15-29.
SETTON, M. G. J. A teoria do habitus em Pierre Bourdieu: uma leitura contemporânea. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 20, p. 60-154, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000200005. Disponível em: https://repositorio.usp.br/item/003069259. Acesso em: 22 mai. 2025.
SCHÖN, D. Formar professores reflexivos. In: NÓVOA, A. (org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1995, p. 77-92.
SODRÉ, M. Claros e escuros: identidade, povo e mídia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1999.
SOUZA, D. T. R. Formação continuada de professores e fracasso escolar: problematizando o argumento da incompetência. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 32, n. 3, p. 477-492, 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022006000300004 Disponível em: https://revistas.usp.br/ep/article/view/28021/29818. Acesso em: 22 mai. 2025.
SOUSA, A. P.; RAVANCHE, G. Janelas em revolução: disrupções, dilemas regulatórios e novas oportunidades para o audiovisual. São Paulo: Projeto Paradiso, 2022.
SNIRCEK, N. Platform Capitalism. Cambridge: Polity Press, 2017.
UNESCO. Padrões de competências em TIC para professores: diretrizes de políticas. Brasília: UNESCO, 2008. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000156209_por. Acesso em: 21 maio 2025.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2014.
Downloads
Publicado
Versões
- 2025-10-31 (2)
- 2025-09-08 (1)
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Karine Joulie Martins, Lídia Miranda Coutinho

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A Inter-Ação utiliza como base para transferência de direitos a licença Creative Commons Attribution 4.0 para periódicos de acesso aberto (Open Archives Iniciative - OAI). Por acesso aberto entende-se a disponibilização gratuita na Internet, para que os usuários possam ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos documentos, processá-los para indexação, utilizá-los como dados de entrada de programas para softwares, ou usá-los para qualquer outro propósito legal, sem barreira financeira, legal ou técnica.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.



