Avaliação de redes de pesquisa: indicadores de interação e formação

Autores

  • Denise Leite Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Bernardo Sfredo Miorando Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Isabel Pinho Universidade de Aveiro
  • Célia Elizabete Caregnato Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Elizeth Gonzaga dos Santos de Lima Universidade do Estado do Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.5216/31820

Palavras-chave:

Avaliação. Redes de pesquisa. Colaboração científica. Indicadores.

Resumo

Este estudo, apoiado pelo CNPq, objetivou elaborar marcadores para a avaliação de processos interativos de trabalho em redes de pesquisa. Ele se baseia no entendimento de que este tipo de rede se estabelece quando um grupo colabora com a intenção de produzir conhecimento. A partir da teoria, desenvolveu-se uma metodologia de exploração de currículos de pesquisadores com uso de softwares para construção de planilhas de dados, contagem de coautorias e análise de redes sociais. A produção bibliográfica dos pesquisadores foi examinada através de grafos representando suas redes de colaboração em pesquisa e um protocolo foi construído para avaliá-las. Os resultados identificam 10 marcadores/indicadores quali-quantitativos para avaliação de processos de pesquisa em rede que foram testados e validados em contexto de aplicação.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Célia Elizabete Caregnato, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Docente Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutora em Educação pela Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Brasil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Referências

ADAMS, J. The rise of research networks. Nature, v. 490, p. 335-336, oct. 2012.

ADAMS, J. The fourth age of research. Nature, v. 497, p. 557-560, may 2013.

AIROLDI, E. M.; BAI, X.; CARLEY, K. M. Network sampling and classification: an investigation of network model representations. Decision support systems, v. 51, n. 3, p. 506-518, 2011.

BARABASI, A.-L.; JEONG, H.; NÉDA, Z.; RAVASZ, E.; SCHUBERT, A.; VICSEK, T. Evolution of the social network of scientific collaborations. Physica A: Statistical mechanics and its applications, v. 311, n. 3, p. 590-614, aug. 2002.

BALANCIERI, R.; BOVO, A. B.; KERN, V. M.; PACHECO, R. C. S.; BARCIA, R. M. A análise de redes de colaboração científica sob as novas tecnologias da informação e da comunicação: um estudo na plataforma Lattes. Ciência da Informação, Brasília, v. 34, n. 1, p. 64-77, jan./abr. 2005.

BECHER, T.; TROWLER, P. Tribus y territorios académicos: la indagación intelectual y las culturas de las disciplinas. Barcelona: Gedisa, 2001.

CAPES. Brasil.Plano Nacional para a Pós-Graduação: PNPG-2011/2020. Brasília, dezembro de 2010. (v. 1 e v. 2).

CHRISTAKIS, N. A. Christakis; FOWLER, J. H. O poder das conexões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

CLARK, B. Creating entrepreneurial universities: organizational pathways of transformation. Oxford: Pergamon, Elsevier, 1998.

CRESSMAN, D.; HOLBROOK, J. A.; LEWIS, B. S.; WIXTED, B. Capturing the outcomes and impacts of publicly funded research: a framework for evaluating formal research networks. Draft report. Vancouver: CPROST/SFU, 2009.

CUNHA, M. I.; LEITE, D. Decisões pedagógicas e estruturas de poder na universidade. Campinas: Papirus, 2009.

ETZKOWITZ, H.; WEBSTER, A.; GEBHARDT, C.; CANTISANO TERRA, B. R. The future of the university and the university of the future: evolution of ivory tower to entrepreneurial paradigm. Research Policy, v. 29, n. 2, p. 313-330, feb. 2000.

FIORIN, J. L. Internacionalização da produção científica: a publicação de trabalhos de Ciências Humanas e Sociais em periódicos internacionais. Revista Brasileira de Pós-Graduação, Brasília, v. 4, n. 8, p. 263-281, dez. 2007.

GLÄNZEL, W.; SCHUBERT, A. analysing scientific networks through co-authorship. In: MOED, H. F.; GLÄNZEL, W.; SCHMOCH, U. (Eds.). Handbook of Quantitative Science and Technology Research. Houten: Springer, 2005. p. 257-276.

HE, Z.-L.; GENG, X.; CAMPBELL-HUNT, C. Research collaboration and research output: a longitudinal study of 65 biomedical scientists in a New Zealand University. Research Policy, v. 38, n. 2, p. 306-317, mar. 2009.

HAYASHI, C. R. M.; FERREIRA JÚNIOR, A. O campo da História da Educação no Brasil: um estudo baseado nos grupos de pesquisa. Avaliação, Campinas; Sorocaba, v. 15, n. 3, p. 167-184, nov. 2010.

KATZ, J. S.; MARTIN, B. R. What is research collaboration? Research Policy, v. 26, n. 1, p. 1-18, mar. 1997.

KEARNEY, M. L.; LINCOLN, D. Research universities: networking the knowledge economy (Editorial). Studies in Higher Education, London, v. 38, n. 3, p. 313-315, apr. 2013.

LAUDEL, G. What do we measure by co-authorships?. Research Evaluation, v. 11, n. 1, p. 3-15, apr. 2002.

LEE, S.; BOZEMAN, B. The impact of research collaboration on scientific productivity. Social Studies of Science, v. 35, n. 5, p. 673-702, 2005.

LEITE, D et al. Constructing markers to evaluate collaborative research networks. In: CONGRESSO IBERO-AMERICANO EM INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA, 3., 2014, Badajoz. Libro de Actas... Badajoz: [s.n.], 2014. p. 111 - 115.

LEITE, D.; CAREGNATO, C. E.; LIMA, E. G. S.; PINHO, I.; MIORANDO, B. S.; SILVEIRA, P. B. Avaliação de redes de pesquisa e colaboração. Avaliação, Campinas; Sorocaba, v. 19, n. 1, p. 291-312, mar. 2014.

LEUNG, R. C. Networks as sponges: international collaboration for developing nanomedicine in China. Research Policy, Brighton, v. 42, n. 1, p. 211-219, feb. 2013.

MAIA, M. F. S.; CAREGNATO, S. E. Coautoria como indicador de redes de colaboração. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 13, n. 2, p. 18-31, mai./ago. 2008.

MIORANDO, Bernardo Sfredo. Mapeo de Redes de Colaboración. In: VI JORNADAS DE JÓVENES INVESTIGADORES, 4., 2011, Buenos Aires. Actas de las. Buenos Aires: Instituto de Investigaciones Gino Germani, Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Buenos Aires, 2011. p. 2-17.

MIORANDO, B. S.; LEITE, D. Mapeamento de redes de colaboração: detectando inovação e mudanças nas teias de conhecimento. In: LEITE, D.; LIMA, E. G. S. (Orgs.). Conhecimento, avaliação e redes de colaboração: produção e produtividade na universidade. Porto Alegre: Sulina, 2012. p. 181-200.

MOLINA, J. L.; MUÑOZ, J. M.; DOMENECH, M. Redes de publicaciones científicas: un análisis de la estructura de estructura de coautorías, Redes: Revista Hispana para el análisis de redes sociales, Barcelona, v. 1, n. 3, p. 1-15, jan. 2002.

NEWMAN, M. E. J. The structure of scientific networks collaboration. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, Santa Fe, v. 98, n. 2, p. 404-409, jan. 2001.

NEWMAN, M. E. J. The structure and function of complex networks. SIAM Review, Philadelphia, v. 45, n. 2, p. 167-256, 2003.

OLIVEIRA, E. F. T.; SANTAREM, L. G. S.; SANTAREM SEGUNDO, J. E. Análise das redes de colaboração científica através do estudo de co-autorias nos cursos de pós-graduação do Brasil no tema tratamento temático da informação, In: Actas del IX Congreso ISKO-España: nuevas perspectivas para la difusión y organización del conocimiento. Valencia: Sociedad Internacional Para La Organización del Conocimiento – Capítulo Español, 2009, p. 309-327.

SÁBATO, J. A. El pensamiento latinoamericano en la problemática ciencia-tecnología-desarrollo-dependencia. Buenos Aires: Editorial Paidós, 1975.

SANTIAGO, R.; CARVALHO, T. Mudança no conhecimento e na profissão acadêmica em Portugal. Cadernos de Pesquisa, v. 41, n. 143, p. 402-426, mai./ago. 2011.

SLAUGTHER, S.; LESLIE, L. Academic capitalism: politics, policies and the entrepreneurial university. Baltimore: John Hopkins, 1997.

SHIN, J. C.; LEE, S. J.; KIM, Y. Research collaboration across higher education systems: maturity, language use, and regional differences. Studies in Higher Education, London, v. 38, n. 3, p. 425-440, mar. 2013.

STOER, S. R.; MAGALHÃES, A. M.. Educação, conhecimento e a sociedade em rede”, Educação & Sociedade, São Paulo, v. 24, n. 85, p. 1179-1202, dez. 2003.

SUN, S.; MANSON, S. M. Social Network Analysis of the Academic GIScience Community, Professional Geographer, v. 63, n. 1, p. 18-33, 2011.

VAN RAAN, A. Statistical properties of bibliometric indicators: research groups indicators, distribution and correlationsperformance Journal of the American Society for Information Science and Technology, v.57 n.3,p.408-430, 2006.

VAN RAAN, A. Properties of journal impact in relation to bibliometric research groups performance indicators. Scientometrics, v. 92, p. 457-469, 2012.

VANZ, S. A. S.; STUMPF, I. R. C. Colaboração científica: revisão téorico-conceitual. Perspectivas em Ciências da Informação, Belo Horizonte, v. 15, n. 2, p. 42-55, mai/ago. 2010.

WATTS, D. J. The ‘new’ science of networks. Annual Review of Sociology, Palo Alto, v. 30, p. 243-270, 2004.

WEILER, Hans. Challenging the Orthodoxies of Knowledge: Epistemological, Structural and Political implications for Higher Education. In: Knowledge, power and dissent: critical perspectives on Higher Education and research. Paris: UNESCO Publishing, 2006. p. 61-87.

WIXTED, B.; HOLBROOK, A. Environmental complexity and stakeholder theory in formal research network evaluation. Prometheus, v. 30, n. 3, p. 291-314, sep. 2012.

Publicado

2014-12-15

Como Citar

LEITE, D.; SFREDO MIORANDO, B.; PINHO, I.; CAREGNATO, C. E.; GONZAGA DOS SANTOS DE LIMA, E. Avaliação de redes de pesquisa: indicadores de interação e formação. Comunicação & Informação, Goiânia, Goiás, v. 17, n. 2, p. 23–37, 2014. DOI: 10.5216/31820. Disponível em: https://revistas.ufg.br/ci/article/view/31820. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos