Reparação da pele no sapo terrestre Melanophryniscus montevidensis (Philippi, 1902): uma abordagem experimental
DOI:
https://doi.org/10.5216/rbn.v19iesp.73885Palavras-chave:
anfíbios, cicatrização, histología, anestesia, MelanophryniscusResumo
Estudamos neste trabalho o processo de cicatrização da pele do sapo terrestre Melanophryniscus montevidensis. Espécimes selvagens foram aclimatados em laboratório e uma ferida cutânea experimental de 1,5 mm de diâmetro foi feita na região do dorso sob anestesia com óleo de cravo, deixando a derme exposta. O acompanhamento do processo cicatricial por histologia convencional foi feito até 129 dias. A proteção epidérmica da ferida foi recuperada após 2 dias, e aparentemente uma recuperação completa das estruturas glandulares dérmicas foi evidente após 37 dias. Esta característica inclui as glândulas serosas que desempenham um papel relevante na estratégia defensiva desta espécie. Não foram registradas complicações do procedimento anestésico, não avaliadas previamente em Melanophryniscus.
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