Belting, voz mista e voz de peito no canto popular

Um estado da arte entre técnica vocal e fisiologia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/mh.v25.82488

Palavras-chave:

belting, voz mista, voz de peito, técnica vocal, canto popular

Resumo

Este estudo realiza uma revisão integrativa da literatura sobre as técnicas vocais de belting, voz mista e voz de peito no contexto do canto popular contemporâneo. Com base em fontes acadêmicas nacionais e internacionais, o artigo mapeia definições, fundamentos fisiológicos, metodologias pedagógicas e debates conceituais acerca dessas práticas. O belting é descrito como emissão potente no registro médio-agudo, com predomínio do músculo tireoaritenóideo (TA), ressonância frontal e ajustes laríngeos elevados, sendo reconhecido como técnica sofisticada, embora ainda controversa em abordagens mais conservadoras. A voz mista, por sua vez, é caracterizada como ajuste gradual entre as funções musculares do tireoaritenóideo (TA) e do cricotireóideo (CT), e não como a fusão literal de registros, sendo amplamente ensinada como recurso para transição vocal sem sobrecarga. Já a voz de peito é entendida como extensão do registro modal grave, natural à fala, cuja adaptação para notas mais agudas requer técnica específica para preservar a saúde vocal. A análise evidencia convergências quanto à valorização do conhecimento anatômico e da técnica refinada, mas também aponta divergências terminológicas e metodológicas, além da carência de estudos empíricos de longo prazo, especialmente no Brasil. Conclui-se que a integração entre fisiologia vocal, pedagogia especializada e práticas culturais é fundamental para o desenvolvimento seguro e expressivo do canto popular contemporâneo.

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Biografia do Autor

Thiago Pessanha, Faculdade de Música do Espírito Santo “Maurício de Oliveira”, Vitória, Espírito Santo, Brasil thipesscorr@gmail.com

Graduou-se em Música pela Faculdade de Música do Espírito Santo “Maurício de Oliveira”, onde também concluiu, paralelamente, o Curso Técnico/Profissionalizante em Piano Popular, aprimorando suas habilidades como instrumentista. Especializou-se em Artes e Educação pelo Instituto Superior de Educação de Afonso Cláudio. Posteriormente, obteve os títulos de Mestre e Doutor em Ciências da Educação pela EBWU - Emill Brunner World University. Como intérprete, atuou como coralista e solista no Coro Jovem da FAMES e no Coro Sinfônico da FAMES, participando de montagens relevantes no cenário vocal acadêmico. Estudou canto lírico no Curso de Formação Musical da FAMES, destacando-se como solista nas óperas Gianni Schicchi, A Lenda do Moxuara e Do Mestre Álvaro. Atualmente, é professor de Piano Popular no Núcleo de Teclas da FAMES e atua como pianista acompanhador no Núcleo de Canto Popular da mesma instituição, conciliando sua atividade pedagógica com intensa prática musical profissional.

Elenisio Rodrigues, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil elenisiopiano@gmail.com

Possui graduação em Bacharelado em Música com habilitação em Piano pela Faculdade de Música do Espírito Santo (2007), especialização em Artes e Educação pela Faculdade Luso Capixaba (2016) e mestrado profissional em Ensino das Práticas Musicais pelo PROEMUS (UNIRIO), concluído em 2022. Atuou como pianista colaborador nas classes de canto lírico e popular da Faculdade de Música do Espírito Santo “Maurício de Oliveira”, além de ter trabalhado como pianista correpetidor em montagens operísticas, incluindo Cavalleria Rusticana e Gianni Schicchi, entre outras produções. Foi também compositor, pianista e diretor musical do espetáculo Boulevard 83, destacando-se pela versatilidade na atuação artística e pedagógica no campo da música.

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Publicado

2025-08-29

Como Citar

PESSANHA CORREA, Thiago; RODRIGUES BARBOSA JUNIOR, Elenisio. Belting, voz mista e voz de peito no canto popular: Um estado da arte entre técnica vocal e fisiologia. Música Hodie, Goiânia, v. 25, 2025. DOI: 10.5216/mh.v25.82488. Disponível em: https://revistas.ufg.br/musica/article/view/82488. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Artigos