Belting, voz mista e voz de peito no canto popular
Um estado da arte entre técnica vocal e fisiologia
DOI:
https://doi.org/10.5216/mh.v25.82488Palavras-chave:
belting, voz mista, voz de peito, técnica vocal, canto popularResumo
Este estudo realiza uma revisão integrativa da literatura sobre as técnicas vocais de belting, voz mista e voz de peito no contexto do canto popular contemporâneo. Com base em fontes acadêmicas nacionais e internacionais, o artigo mapeia definições, fundamentos fisiológicos, metodologias pedagógicas e debates conceituais acerca dessas práticas. O belting é descrito como emissão potente no registro médio-agudo, com predomínio do músculo tireoaritenóideo (TA), ressonância frontal e ajustes laríngeos elevados, sendo reconhecido como técnica sofisticada, embora ainda controversa em abordagens mais conservadoras. A voz mista, por sua vez, é caracterizada como ajuste gradual entre as funções musculares do tireoaritenóideo (TA) e do cricotireóideo (CT), e não como a fusão literal de registros, sendo amplamente ensinada como recurso para transição vocal sem sobrecarga. Já a voz de peito é entendida como extensão do registro modal grave, natural à fala, cuja adaptação para notas mais agudas requer técnica específica para preservar a saúde vocal. A análise evidencia convergências quanto à valorização do conhecimento anatômico e da técnica refinada, mas também aponta divergências terminológicas e metodológicas, além da carência de estudos empíricos de longo prazo, especialmente no Brasil. Conclui-se que a integração entre fisiologia vocal, pedagogia especializada e práticas culturais é fundamental para o desenvolvimento seguro e expressivo do canto popular contemporâneo.







