O Protocolo de Análise Semiótica Musicoterapêutica de Canções e seu uso como instrumento de Avaliação Musicoterapêutica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/mh.v18i2.51763

Palavras-chave:

Musicoterapia

Resumo

As canções são comumente utilizadas na prática clínica musicoterapêutica com uma amplia variedade de condições clínicas e em diversos tipos abordagem clínica. Este artigo apresenta uma proposta de análise de canções no contexto musicoterapêutico construído a partir da teoria e prática da Semiótica da Canção (Tatit). Apresenta-se um caso clínico no qual a análise semiótica musicoterapêutica de duas canções foi utilizada. Verifica-se que a análise semiótica musicoterapêutica de canções pode ser uma ferramenta útil para compreender a etapa do processo musicoterapêutico que está sendo vivenciada e, também, para indicar possíveis caminhos futuros de intervenção clínica musicoterapêutica com o paciente. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Renato Tocantins Sampaio, Universidade Federal de Minas Gerais

Musicoterapeuta, Educador Musical, Doutor em Neurociências. 

Professor Adjunto. Departamento de Instrumentos e Canto. Universidae Federal de Minas Gerais

Referências

AUSTIN, D.S. Canções do Self: Canto Improvisado em Musicoterapia Analítica -Junguiana. In: BARCELLOS, L. R. M. (Ed.). Musicoterapia: Transferência, Contratransferência e Resistência. Rio de Janeiro: Enelivros, 1999. p.75–88.

AUSTIN, D.S. Voice of Trauma: A Wounded Healer’s Perspective. In: SUTTON, J.P. (Ed.). Music, Music Therapy and Trauma: International Perspectives. London: Jessica Kingsley, 2002. p.231–259.

AUSTIN, D.S.; DVORKIN, J.M. Resistance in Individual Music Therapy. In: BRUSCIA, K. E. (Ed.). The Dynamics of Music Psychotherapy. Gilsum: Barcelona, 1998. p.121–135.

BAKER, F.; TAMPLIN, J.; KENNELLY, J. Music therapy methods in neurorehabilitation: a clinician’s manual. London: Jessica Kingsley, 2006. 256p.

BARCELLOS, L.R.M. A previsibilidade da canção popular como “holding" às mães de bebês prematuros. XV Congresso da Associação de Pesquisa e Pós-Graduação em Música. Anais... Rio de Janeiro: Escola de Música – UFRJ, 2005. p.1314-1322.

BARCELLOS, L.R.M. Etapas do Processo Musicoterapêutico - ou para uma Metodologia de Musicoterapia. In: Quaternos de Musicoterapia e Coda. Dallas: Barcelona, 2016. p.187–244.

BAXTER, H.T. et al. The Individualized Music Therapy Assessment Profile: IMTAP. London: Jessica Kingsley, 2007. 192p.

BENENZON, R. O. Manual de Musicoterapia. Rio de Janeiro: Enelivros, 1985. 182p.

BOXILL, E.H. Music Therapy for the Developmentally Disabled. Austin: Pro-ed, 1985. 270p.

BRANDALISE, A. Approach Brandalise de Musicoterapia (Carta de Canções). Revista Brasileira de Musicoterapia, v. 4, p.41–55, 1998.

BRITO, M. A Canção Desencadeante. Revista Brasileira de Musicoterapia, v. 05, p.94–97, 2001.

BRUSCIA, K.E. Improvisational Models of Music Therapy. Springfield: C.C. Thomas, 1987. 585p.

BRUSCIA, K.E. An Introduction to Music Psychoterapy. In: The Dynamics of Music Psychotherapy. Gilsum: Barcelona, 1998. p.1–15.

BRUSCIA, K.E. Definindo Musicoterapia. Rio de Janeiro: Enelivros, 2000. 312p.

CIRIGLIANO, M.M.S. Pesquisa na Clínica Musicoterápica: a Canção como Âncora Terapêutica. Revista Brasileira de Musicoterapia, v. 04, p.33–40, 1998.

CIRIGLIANO, M.M.S. A Canção Âncora: descrevendo e ilustrando a contratransferência em Musicoterapia. Revista Brasileira de Musicoterapia, v. 7, p.38–42, 2004.

COSTA, C.M. O Despertar para o Outro: Musicoterapia. São Paulo: Summus, 1989. 127p.

COSTA, C.M. Musicoterapia para Deficiências Mentais. Lisboa: Clio, 1995. 127p.

DIETRICH, P. Semiótica do Discurso Musical: uma discussão a partir das canções de Chico Buarque. Tese (Doutorado em Linguística). São Paulo. Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, 2008. 256p.

DILEO, C. (Ed.). Music Therapy and Medicine: Theoretical and Clinical Applications. Silver Spring, MD: American Music Therapy Association, 1999. 211p.

DILEO, C.; MAGILL, L. Songwriting with Oncology and Hospice Adult Patients forma a Multicultural Perspective. In: BAKER, F.; WIGRAM, T. (Eds.). Songwriting: Methods, Techniques and Clinical Applications for Music Therapy Clinicians, Educators and Students. London: Jessica Kingsley, 2005. p.226–245.

GATTINO, G.S. et al. Tradução, adaptação transcultural e evidências de validade da escala Improvisation Assessment Profiles (IAPs) para uso no brasil: parte 2. Revista Brasileira de Musicoterapia, v. 21, p.51–72, 2016.

HANSER, S.B. The New Music Therapist’s Handbook. 2. Ed. Boston: Berklee, 1999. 256p.

KIRKLAND, K.H. (Ed.). International Dictionary of Music Therapy. New York: Routledge, 2013. 224p.

MACHADO, R. Da intenção ao gesto interpretativo: análise semiótica do canto popular brasileiro. Tese (Doutorado em Semiótica e Linguística Geral). São Paulo. Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, 2012. 192p.

MILLECCO, R. Ruídos da Massificação na Construção da Identidade Sonora-Cultural. Revista Brasileira de Musicoterapia, v. 3, p.5–15, 1997.

MILLECO FILHO, L.A.; BRANDÃO, M.R.; MILLECCO, R. É Preciso Cantar: Musicoterapia, Cantos e Canções. Rio de Janeiro: Enelivros, 2001. 120p.

NORDOFF, P.; ROBBINS, C.; MARCUS, D. Creative Music Therapy: a guide to fostering clinical musicianship. Gilsum: Barcelona, 2007. 516p.

NÖTH, W. Panorama da Semiótica de Platão a Peirce. São Paulo: Annablume, 1995. 150p.

NÖTH, W. A semiótica no século XX. São Paulo (SP): ANNABLUME, 1996. 314p.

OLDFIELD, A. Interactive music therapy in child and family psychiatry: clinical practice, research, and teaching. London: Jessica Kingsley, 2006. 224p.

OLDFIELD, A.; FRANKE, C. Improvised Songs and Stories in Music Therapy Diagnostic Assessments at a Unit for Child and Familiy Psichiatry: A Music Therapist´s and a Psychoterapist´s Perspective. In: BAKER, F.; WIGRAM, T. (Eds.). Songwriting: Methods, Techniques and Clinical Applications for Music Therapy Clinicians, Educators and Students. London: Jessica Kingsley, 2005. p.24–44.

PERETZ, I. The nature of music from a biological perspective. Cognition, v. 100, n. 1, p.1–32, 2006. DOI: 10.1016/j.cognition.2005.11.004

PERETZ, I.; CHAMPOD, A.S.; HYDE, K. Varieties of musical disorders. The Montreal Battery of Evaluation of Amusia. Annals of the New York Academy of Sciences, v. 999, p. 58–75, 2003.

PODLIPNIAK, P. The Role of the Baldwin Effect in the Evolution of Human Musicality. Frontiers in Neuroscience, v. 11, 2017. DOI: 10.3389/fnins.2017.00542

RUUD, E. Soundtracks of our life. In: BAKER, F.; WIGRAM, T. (Eds.). Songwriting: Methods, Techniques and Clinical Applications for Music Therapy Clinicians, Educators and Students. London: Jessica Kingsley Publishers, 2005. p. 9–10.

SAMPAIO, A.C.; SAMPAIO, R.T. Da escuta à Intervenção. In: Apontamentos em Musicoterapia, volume 1. São Paulo: Apontamentos, 2005. p. 9–12.

SAMPAIO, R.T. Novas Perspectivas de Comunicação em Musicoterapia. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Semiótica). São Paulo. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2002. 85p.

SAMPAIO, R.T. Considerações sobre a Linguagem na Prática Clínica Musicoterapêutica numa Abordagem Gestáltica. In: XVII Congresso da Associação de Pesquisa e Pós-Graduação em Música. Anais... São Paulo: Instituto de Artes - UNESP, 2007.p.1-7.

SAMPAIO, R.T. A Canção na Musicoterapia – uma visão humanista. In: XXI Encontro Mineiro de Musicoterapia. Belo Horizonte, 2010. Manuscrito (trabalho não publicado). 8p.

SAMPAIO, R.T. Avaliação da Sincronia Rítmica em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo em Atendimento Musicoterapêutico. Tese (Doutorado em Neurociências). Belo Horizonte. Universidade Federal de Minas Gerais, 2015. 138p.

SCHAPIRA, D. et al. Musicoterapia: abordaje plurimodal. Argentina: ADIM, 2007. 222p.

SHOEMARK, H. Singing as the Foundation for Multi-Modal Stimulation of the Older Preterm Infant. In: PRATT, R.R.; GROCKE, D.E. (Eds.). Music Medicine 3: Music Medicine and Music Therapy - Expanding Horizons. Parkville: University of Melbourne, 1999. p. 140–152.

SHOEMARK, H. The fundamental interaction of singing. I v. 23, n. 1, p.2–4, 2014. DOI: 10.1080/08098131.2014.876178

SILVA, K. Contribuições do arranjo para a construção de sentido na canção brasileira: análise de três canções de Milton Nascimento. Dissertação (Mestrado em Música). Belo Horizonte. Universidade Federal de Minas Gerais, 2011. 136p.

TATIT, L. A Canção: Eficácia e Encanto. São Paulo: Atual, 1986. 68p.

TATIT, L. Semiótica da canção: melodia e letra. São Paulo: Escuta, 1994. 254p.

TATIT, L. O cancionista: composição de canções no Brasil. São Paulo: Edusp, 1996. 328p.

TATIT, L. Musicando a semiótica: ensaios. São Paulo: Annablume, 1997. 163p.

TATIT, L. Análise semiótica através das letras. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. 208p.

TATIT, L.; LOPES, I.C. Elos de melodia e letra: análise semiótica de seis canções. São Paulo: Ateliê Editorial, 2008. 184p.

THAUT, M.; HOEMBERG, V. (EDS.). Handbook of neurologic music therapy. New York, NY: Oxford University Press, 2014. 384p.

VUVAN, D.T. et al. The Montreal Protocol for Identification of Amusia. Behavior Research Methods, epub ahead of print, p.1-11, 2017. DOI: 10.3758/s13428-017-0892-8.

WIGRAM, T.; PEDERSEN, I.N.; BONDE, L.O. A Comprehensive Guide to Music Therapy: Theory, Clinical Practice, Research, and Training. London: Jessica Kingsley, 2002. 384p.

Downloads

Publicado

2018-12-07

Como Citar

SAMPAIO, R. T. O Protocolo de Análise Semiótica Musicoterapêutica de Canções e seu uso como instrumento de Avaliação Musicoterapêutica. Música Hodie, Goiânia, v. 18, n. 2, p. 307–326, 2018. DOI: 10.5216/mh.v18i2.51763. Disponível em: https://revistas.ufg.br/musica/article/view/51763. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos