Ironia e o Primeiro Movimento da Sonata para Violino em Fá Menor de Prokofiev (Op. 80)
DOI:
https://doi.org/10.5216/mh.v24.79481Palavras-chave:
tonalidade cromática (estendida), neoclassicismo, contexto social, tradição e inovação, transformação da estrutura da obra, compassos variáveis e mistosResumo
O artigo tem como objetivo revelar os diversos contextos de manifestação da ironia na obra de S. Prokofiev usando sua Sonata para Violino e Piano (em Fá menor, Op. 80, primeiro movimento) como exemplo. Os métodos de pesquisa empregados incluem análise, comparação, síntese e levantamento. Como resultado do estudo deste tópico, foram revelados os principais mecanismos de transmissão de símbolos irônicos e o grau de sua percepção no ambiente educacional acadêmico: plano tonal complexo e tonalidade de 12 tons do século 20 (82%); politonalidade, sintetizando camadas de textura contrastantes em termos de tons estáveis; heterogeneidade e variabilidade de compasso, tempo (90%); transformação da forma musical clássica (68%). A conclusão do estudo é a interpretação da ironia musical como um fenômeno artístico complexo, dentro do qual ocorre uma colisão entre tradição e inovação, bem como o estabelecimento dos princípios principais do neoclassicismo de Prokofiev, contribuindo para a decodificação das interseções entre música, ironia e contexto social que caracterizam suas obras. Sua significância prática reside na demanda por materiais de pesquisa no ambiente de concertos e apresentações, na pedagogia musical, cujos esforços estão voltados para demonstrar expressivamente vários aspectos da ironia nas obras de compositores de diferentes escolas, direções estilísticas e períodos.