A performance musical e sua força desterritorializante

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/mh.v24.79155

Palavras-chave:

estudos em performance, agenciamento, música contemporânea para violão, territorialidade

Resumo

A performance musical, foi durante muito tempo relegada a uma condição periférica no campo da ontologia musical, sendo ofuscada por um conceito de obra como objeto cristalizado, em torno do qual os agentes operam funções específicas muito bem delimitadas. Propomos uma aliança com uma rede conceitual fundamentada em Deleuze, Guattari e outros autores a fim de compor um olhar para o fenômeno da performance a partir de outra perspectiva: deslocar o conceito de obra de sua condição ontológica estável para incorporar o movimento, considerando a potência desterritorializante da performance musical e a possibilidade de atualizar outras formas de existência. Soma-se a essa discussão um estudo de caso, com o qual buscamos colocar em prática as reflexões teóricas abordadas ao longo do artigo, resultando em uma música para violão que nunca “é”, não representa, nem se efetua a partir da segmentaridade funcional de seus agentes, mas está sempre em processo, enfatizando a diferença e o múltiplo em detrimento de identidades estáveis e acabadas.

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Biografia do Autor

Artur de Melo Miranda Azzi, Universität Münster, Münster, Nordrhein Westfalen, Alemanha, arturmmazzi@gmail.com

Possui mestrado em música pela Hochschule für Musik und Darstellende Kunst Frankfurt (2021), Künstlerisches Aufbaustudium pela Akademie für Tonkunst Darmstadt (2019) e bacharelado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atua como artista e professor nas áreas de performance, teoria da música e composição. Foi docente na Hochschule für Musik und Darstellende Kunst Frankfurt e professor voluntário na UFMG. Atualmente é doutorando na WWU Münster e na Universidade Federal de Minas Gerais.

Flavio Barbeitas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, flateb@gmail.com

Bacharel em Música (violão) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), Mestre em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995) e Doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais/ Università di Bologna (2007). Desde 1996 é docente na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, atualmente nos níveis de Graduação e Pós-graduação (Mestrado e Doutorado).Além de atividades musicais como violonista, dedica-se a aspectos teóricos da música com pesquisas em dois eixos principais: 1) a música na relação geral com a cultura brasileira e com os processos de construção e desconstrução da identidade nacional (desdobramentos da dissertação de Mestrado: Circularidade cultural e nacionalismo nas Doze valsas para violão de Francisco Mignone)2) a música na relação com outras artes, principalmente a Literatura, a partir de temas como Música e Representação, Música e Linguagem (desdobramentos da tese de Doutorado: A música habita a linguagem: teoria da música e noção de musicalidade na poesia).

João Morales, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, jpqmorales@gmail.com

Bacharel em Música com habilitação em Violão pela Universidade Federal de Minas Gerais (2019) e Mestre em Música (Performance Musical) pela mesma instituição (2023). É professor de violão na Escola Municipal de Música José Acácio de Assis Costa, em Nova Lima. Tem interesse em estudos de repertórios latino-americanos e em investigações artísticas que abrangem práticas experimentais, sobretudo com atravessamentos no campo da filosofia, dedicando-se a trabalhos amparados em uma postura crítica (enquanto realce da diferença) acerca do papel do performer e das condições, possibilidades e limites que se colocam nesses contextos. Além de se apresentar em recitais solo, trabalha constantemente em grupos de câmara.

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Publicado

2024-09-13

Como Citar

DE MELO MIRANDA AZZI, A.; BARBEITAS, F.; MORALES, J. A performance musical e sua força desterritorializante. Música Hodie, Goiânia, v. 24, 2024. DOI: 10.5216/mh.v24.79155. Disponível em: https://revistas.ufg.br/musica/article/view/79155. Acesso em: 18 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos