A performance musical e sua força desterritorializante
DOI:
https://doi.org/10.5216/mh.v24.79155Palavras-chave:
estudos em performance, agenciamento, música contemporânea para violão, territorialidadeResumo
A performance musical, foi durante muito tempo relegada a uma condição periférica no campo da ontologia musical, sendo ofuscada por um conceito de obra como objeto cristalizado, em torno do qual os agentes operam funções específicas muito bem delimitadas. Propomos uma aliança com uma rede conceitual fundamentada em Deleuze, Guattari e outros autores a fim de compor um olhar para o fenômeno da performance a partir de outra perspectiva: deslocar o conceito de obra de sua condição ontológica estável para incorporar o movimento, considerando a potência desterritorializante da performance musical e a possibilidade de atualizar outras formas de existência. Soma-se a essa discussão um estudo de caso, com o qual buscamos colocar em prática as reflexões teóricas abordadas ao longo do artigo, resultando em uma música para violão que nunca “é”, não representa, nem se efetua a partir da segmentaridade funcional de seus agentes, mas está sempre em processo, enfatizando a diferença e o múltiplo em detrimento de identidades estáveis e acabadas.