Dmitri Shostakovich
Elementos identitários e a temática do mal no Allegretto da Sétima Sinfonia, OP. 60 – Leningrado
DOI:
https://doi.org/10.5216/mh.v22.71385Palavras-chave:
Shostakovich, Sétima Sinfonia, Identidade, MúsicaResumo
Dmitri Shostakovich foi um importante compositor do século passado, tornando-se bastante conhecido por suas obras icônicas, como a Primeira Sinfonia, op. 10, a Quinta e a Sétima Sinfonias, op. 47 e op. 60, pelo concerto para violoncelo e orquestra n. 1, op. 107, entre outras peças sinfônicas e camerísticas. Viveu no que certamente se pode considerar uma das épocas mais complexas da história, o século XX. Por ser da União Soviética, também foi alvo de repressões por parte do governo de Stalin. Da vida vivida para a arte, porém, soube traduzir o panorama em que estava inserido em suas composições. Este trabalho pretende perscrutar alguns aspectos da música de Shostakovich que se alinhem à delimitação de sua identidade pessoal e musical. Para tal, se concentrará na análise do primeiro movimento da Sétima Sinfonia, op. 60. Não se trata, contudo, de uma análise estilística da peça, mas da tentativa de se construir uma leitura antropológica e historiográfica tendo como referência a relação autor-obra. Os conteúdos identitários e culturais relativos às vivências de Shostakovich que influenciaram direta ou indiretamente a composição da Sétima Sinfonia, op. 60, ganharão particular realce ao longo da incursão.