Dissociação entre forma e estrutura harmônica em obras de Claude Debussy e Igor Stravinsky
DOI:
https://doi.org/10.5216/mh.v21.63737Palavras-chave:
Claude Debussy, Igor Stravinsky, análise harmônica, Prelúdio X, Canope, A Sagração da PrimaveraResumo
Nesse artigo apresentamos análises do Prelúdio X, Livro II, intitulado Canope, de Claude Debussy e da Introdução à primeira parte do balé A Sagração da Primavera de Igor Stravinsky. Nosso trabalho enfoca o conteúdo harmônico destas peças que são interpretadas através de métodos tradicionais de análise harmônica tonal, como o detalhado por Walter Piston em seu livro Harmony, bem como sob a luz de técnicas de organização de alturas comuns aos compositores das vertentes estéticas estudadas, como as compiladas por Stefan Kostka e Matthew Santa. Nossos resultados mostram como essas obras, provenientes da produção de compositores de estéticas e gerações distintas, compartilham uma mesma caraterística: a dissociação entre a forma e a estrutura harmônica. Em ambos os casos, embora como resultantes de procedimentos distintos de organização harmônica, encontramos um plano organizacional subjacente inspirado no sistema tonal que subsidia a criação de uma harmonia sem traços perceptíveis de relações tonais.