POR UMA (NÃO)REINVENÇÃO DA EDUCAÇÃO: A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E O DESLOCAMENTO DO PAPEL TRADICIONALMENTE ATRIBUÍDO AO PROFESSOR
DOI:
https://doi.org/10.5216/ia.v48i3.75784Resumo
Este artigo tem como objetivo revisitar, por meio de uma revisão bibliográfica do tipo narrativa, diferentes momentos históricos, do século XV ao XXI, em que a emergência de novas tecnologias e/ou mudanças sociais levou a novas formas de compreender, conceituar e praticar a educação, até chegar às novas perguntas que chatbots como o ChatGPT suscitam, sendo a principal: em que medida a Inteligência Artificial pode substituir os professores humanos? Conclui-se que, na condição de ferramenta, o ChatGPT e outros modelos análogos têm considerável potencial de utilização como parte de práticas educativas conduzidas em ambientes escolares, mas que, em vez de substituir o professor, tais ferramentas exigirão um novo deslocamento de sua função, em que deverão ser valorizadas a competência e a criatividade para construir perguntas complexas.
PALAVRAS-CHAVE: Educação; Inovações Tecnológicas; Inteligência Artificial; ChatGPT.
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