Por uma filosofia afro-pindorâmica criacional: horizontes políticos entre ensinar, aprender e lutar
DOI:
https://doi.org/10.5216/rp.v35i1.83235Resumo
Este artigo analisa criticamente a captura da educação pela racionalidade neoliberal, que a reduz a um processo de adestramento para o trabalho precarizado, aprofundando violências coloniais. Em contraponto, mobiliza o pensamento de Nêgo Bispo (Antônio Bispo dos Santos), distinguindo a “criação” – processo orgânico e comunitário de formação – do “adestramento” hegemônico. Em contraposição a esta aproximação entre o trabalho opressivo e a educação, o artigo aborda as filosofias vagabundas como recusa política e epistêmica à lógica do trabalho alienado, em diálogo com perspectivas africanas sobre o trabalho. Como horizonte alternativo, propomos uma Filosofia afro-pindorâmica criacional, fundamentada na confluência das lutas e saberes de povos africanos – do continente e em diáspora – e povos indígenas. Articula princípios educativos baseados na oralidade, corporeidade, ancestralidade, relação com o território e na indissociabilidade entre aprender e lutar. O trabalho visa contribuir para a construção de referenciais contracoloniais e antirracistas para o campo em torno das reflexões filosóficas sobre a formação.
Palavras-chave: Formação, Filosofia da Educação, Educação antirracista; Antônio Bispo dos Santos, Contracolonial.
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- 2025-11-07 (2)
- 2025-11-04 (1)