A escola da prisão como espaço de dupla inclusão: no contexto e para além das grades
DOI:
https://doi.org/10.5216/rp.v22i1.21212Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar algumas reflexões sobre o papel da escola para jovens e adultos em situação de privação de liberdade, buscando evidenciar que a prisão, embora seja uma organização que constrói uma experiência ancorada no exercício autoritário do poder, tem na escola um espaço de aprendizagens, que se constituem em fatores contributivos de (re)socialização e de reinserção social do homem aprisionado. A metodologia de pesquisa utilizada, um estudo de caso, tem como seu objeto de estudo a escola de um presídio masculino, de segurança máxima, do interior do estado de São Paulo/Brasil. Os procedimentos metodológicos foram análise documental, conversas informais e entrevistas semiestruturadas, com amostra de alunos e professores da escola. Os resultados obtidos evidenciam que, apesar de tolhido em sua individualidade, despido do pertencimento à sociedade, duplamente excluído – pelo analfabetismo e pelo estigma por ter passado pela “universidade do crime” –, o processo de escolarização do homem aprisionado afigura-se como possibilidade de construção da identidade perdida e do resgate da cidadania, que a privação da liberdade confere ao homem que teve sua trajetória de vida marcada pela passagem na sociedade dos cativos.Downloads
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Como Citar
ONOFRE, E. M. C. A escola da prisão como espaço de dupla inclusão: no contexto e para além das grades. Revista Polyphonía, Goiânia, v. 22, n. 1, 2012. DOI: 10.5216/rp.v22i1.21212. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sv/article/view/21212. Acesso em: 19 dez. 2024.
Edição
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Dossiê Inclusão escolar: olhares especiais
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