Memória e tessitura da narrativa: uma experiência escolar de leitura
DOI:
https://doi.org/10.5216/rp.v17i2.6177Resumo
A leitura do romance Menino de engenho, de José Lins do Rego, integra um conjunto de experiências pedagógicas interdisciplinares que relaciona práticas de leitura e o estudo de conteúdos históricos. Por meio de atividades que estimulam a compreensão da construção do texto literário, objetiva-se investigar as conexões entre os mecanismos da memória e a criação literária, considerando as especifi cidades desse gênero discursivo. Esse trabalho, desenvolvido na 7ª série do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação da Universidade Federal de Goiás (Cepae/UFG), entrelaçou a abordagem da escravidão e a leitura do livro Doidinho, do mesmo autor, realizada no ano anterior. A partir do conceito de “permanência” das relações sociais geradas na sociedade escravista, adaptou-se um texto de sociologia rural e elaboraram-se atividades que auxiliaram os alunos a perceber as múltiplas relações de trabalho no engenho Santa Rosa, analisando-as enquanto práticas construídas pela dependência e pela troca de favores. Para delinear as estratégias de produção discursiva da memória, realizou-se a transposição didática da crítica literária que enfoca a obra de José Lins do Rego. Elegeram-se os seguintes eixos para investigar essa escrita da memória: a voz narrativa que combina memória e fi cção para a composição da trama; a construção da infância e o jogo temporal na tessitura da narrativa. As atividades propostas constituem estratégias pedagógicas de análise do discurso literário, promovendo múltiplas experiências de leitura que contemplam desde a subjetividade da leitura individual, à discussão coletiva dos signifi cados e sentidos do texto até a produção escrita que confi gura exercícios de interpretação da obra literária.Downloads
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Publicado
2009-05-07
Como Citar
OLIVEIRA, I. L. B. C. de; DELGADO, A. F. Memória e tessitura da narrativa: uma experiência escolar de leitura. Revista Polyphonía, Goiânia, v. 17, n. 2, p. 133, 2009. DOI: 10.5216/rp.v17i2.6177. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sv/article/view/119. Acesso em: 19 dez. 2024.
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Artigos
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