Retorno ao trabalho? Indicadores de saúde mental em professores durante a pandemia da COVID-19

Autores

  • Roberto Moraes Cruz Universidade Federal de Santa Catarina
  • Ricelli Endrigo Ruppel da Rocha Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP
  • Solange Andreoni Universidade Federal de São Paulo
  • Andrea Duarte Pesca Universidade de Lisboa (ULISBOA)

DOI:

https://doi.org/10.5216/rp.v31i1.66964

Resumo

O objetivo deste estudo foi rastrear indicadores de saúde mental dos docentes de uma instituição de educação infanto-juvenil da região sul do Brasil. Trata-se de um estudo descritivo com 84 docentes (80,7 % do total), que responderam a um formulário via web, composto por três instrumentos: a) questionário demográfico e sócio-ocupacional; b) a escala Dass-21; c) escala de sintomas de saúde mental relacionados ao trabalho (IP-T). Os resultados mostraram que 82,1% dos participantes estavam preocupados com a exposição ao novo coronavírus, 6,0% referiram não estar em isolamento social, 84,5% indicam ter conhecimentos sobre a pandemia e 85,7% apresentam baixa expectativa de retorno ao ambiente de trabalho. A ansiedade (21,7% e 27,6%) e a depressão (28,9% e 28,5%), tanto na escala Dass-21 quanto na escala IP-T, são as alterações mais frequentes na saúde mental dos docentes. Nos resultados das associações, os docentes do sexo feminino, com faixa etária de 46 à 56 anos e solteiros, apresentaram mais chances para desenvolver ansiedade e depressão (p<0,05). Por outro lado, conviver com pessoas consideradas em situação de risco para a COVID-19 reduzem as chances (0,91) de manifestação de sintomas de ansiedade e depressão (p<0,05). Em resumo, os indicadores de saúde mental dos professores em meio à pandemia da COVID-19 devem ser rastreados para promover o retorno ao trabalho de forma segura e responsável.

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Publicado

2020-12-08

Como Citar

MORAES CRUZ, R. .; RUPPEL DA ROCHA, R. E.; ANDREONI, S. .; DUARTE PESCA, A. . Retorno ao trabalho? Indicadores de saúde mental em professores durante a pandemia da COVID-19. Revista Polyphonía, Goiânia, v. 31, n. 1, p. 325–344, 2020. DOI: 10.5216/rp.v31i1.66964. Disponível em: https://revistas.ufg.br/sv/article/view/66964. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Escola, Complexidade e Justiça Social