Trabalho, infâncias e crianças no contexto narrativo campo-costeiro à luz da linguagem bakhtiniana
DOI:
https://doi.org/10.5216/rp.v32i2.70892Resumo
Esta pesquisa é sobre as discursividades de crianças matriculadas em Escolas do entorno da Reserva Extrativista Marinha Taperaçu-Campo1 no acesso do trabalho socialmente necessário e manifestação do trabalho infantil. O método do materialismo histórico-dialético e análise de discursividade do discurso com a participação de crianças de 07 a 11 anos. A área de estudo são Escolas de comunidades pesqueiras do Município de Bragança, Estado do Pará. Os resultados mostram a estreita relação de culturas infantis no brincar, em atividades de caráter educativo no espaço do manguezal. As crianças enunciam a valoração da Escola, do trabalho da pesca artesanal nas interações sociais e a presença do trabalho infantil como fenômeno social limitador do aprendizado escolar. Conclui-se que a linguagem é constituidora dos discursos de crianças e manifesta as experiências no trabalho da pesca artesanal e no acesso ao trabalho como princípio educativo. As infâncias assumem significações diferentes entre brincar e trabalho precoce na Amazônia bragantina.