O que me tornou quem sou?: (Geo)grafias de si na formação inicial de professores
DOI:
https://doi.org/10.5216/signos.v5.74411Palavras-chave:
identidade docente, Geografia escolar, formação de professores, pesquisa (auto)biográficaResumo
O artigo em tela apresenta investigação sobre o processo de construção da identidade profissional docente de licenciandas em Geografia de uma universidade estadual do Paraná. Para tal investigação, realizou-se uma revisão bibliográfica concernente ao ensino de Geografia, à formação de professores e à pesquisa (auto)biográfica. A pesquisa de campo abrange a adoção do método (auto)biográfico, a metodologia da pesquisa-formação e as fontes das narrativas (auto)biográficas das licenciandas. Estas foram analisadas em diálogo com os referenciais teóricos a partir das dimensões: Primeira Geografia (história de vida), Geografia escolar (memórias de escola), Geografia do outro (professores marcantes) e Geografias em construção (projeto de si). Observou-se que a identidade pessoal é indissociável da identidade profissional e que seus principais referenciais se associam à origem do campo e à ressignificação de suas memórias de ensino de Geografia na escola marcadamente tradicional e empirista. Isto as conduz para um projeto de si que se inspira em modelos de professores e que almeja a construção de uma Geografia escolar distinta da vivenciada na condição de alunas, isto é, um ensino que propicie a construção do conhecimento geográfico de forma crítico-reflexiva e contextualizada à realidade dos alunos. Portanto, verificou-se que a identidade docente é alimentada ao longo da caminhada existencial por meio dos itinerários de vida pessoal, de formação e de atuação profissional.