HABITAR UMA PAISAGEM “VELHA”: A FOTOGRAFIA COMO LINGUAGEM DA PESQUISA E DO ENSINO DA GEOGRAFIA
Palavras-chave:
fotografia, linguagem, ensino de Geografia, paisagemResumo
O que seria uma linguagem potente à Pesquisa e ao Ensino de Geografia? O que a diferenciaria de uma concepção utilitária, técnica ou de ferramenta científica que registra a realidade? Tais questões tornam-se guias para o entendimento da Fotografia como linguagem na produção e compartilhamento de geo-grafias, bem como de partícipe da constituição de um olhar e de um regime de visualidade, que reverbera em nossa compreensão do espaço geográfico. Neste caminho, o texto busca inicialmente reconhecer a evolução da Fotografia como produto da Técnica e das Ciências, sua relação com a produção do conhecimento científico (o registro) e com a constituição de uma educação visual que reverbera nos dias de hoje. Como modo de ultrapassar este quadro, considera-se a Fotografia em sua potência como linguagem criadora: como marca da cultura, agente ontológico constituidor dos sujeitos e dos espaços geográficos. Como forma de ampliação de um caminho teórico sobre a Fotografia, é proposto um exercício de pesquisa e leitura (sensível, porém técnico e metodológico), de sistematização e desmonte de imagens de uma “paisagem fotografada” como forma de mobilizar reflexões acerca das múltiplas linguagens espaciais e suas possibilidades no ensino de geografias.