PENSAR E RACIOCINAR
A GEOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE COGNIÇÃO
Mots-clés :
Pensamento Geográfico, Raciocínio Geográfico, Pensamento espacial.Résumé
A Geografia como uma forma de pensar é um ponto de concordância entre diversos autores. As pesquisas disponíveis adotam diferentes denominações para se referir a esse processo de cognição: pensamento geográfico, pensamento espacial, raciocínio geográfico, raciocínio espacial dentre outros. Em alguns textos aparecem como sinônimos, outros como diferentes. Todavia o uso indiscriminado dos termos implica na fragilização da identidade geográfica. Por essa razão, defende-se que a escolha da terminologia adotada é um aspecto preliminar que carece de compreensão que se sustente teoricamente, e a partir disso, torne-se possível o alcance da maturidade teórica sobre a Geografia como instrumento cognitivo. Nesse sentido, este artigo é fruto de pesquisa bibliográfica que objetivou distinguir o espacial e o geográfico e, dentro das possibilidades existentes, o pensamento e o raciocínio. Em resumo, considerando a estrutura epistemológica da Geografia, almejou-se responder as seguintes questões: o desenvolvimento cognitivo mediado pela aprendizagem da Geografia remete-se à um pensamento ou raciocínio? Geográfico ou espacial? Para melhor contemplar a discussão estruturou-se este artigo em duas subseções. A primeira apresenta quais elementos diferenciam o pensamento/raciocínio espacial e pensamento/raciocínio geográfico e a segunda aborda a natureza dos processos cognitivos que viabilizam a constituição do pensamento e o papel do raciocínio.