O espaço geográfico no ensino de Geografia: um continuum entre necessidade biológica/existencial e conjunto de possibilidades
DOI:
https://doi.org/10.5216/signos.v5.74851Palavras-chave:
Educação Geográfica, ensino de Geografia, conceitos geográficos, conhecimento geográficoResumo
Este trabalho tem como objetivo analisar e interpretar o espaço geográfico e suas múltiplas abordagens no ensino de Geografia na Educação Básica. Problematizou-se como a construção conceitual do espaço geográfico, enquanto atividade essencial do ensino de Geografia na Educação Básica, pode ser realizada, considerando-se as diversas perspectivas teórico-metodológicas. Como desdobramento, fruto de pesquisas bibliográficas e reflexões autorais, o desenvolvemos como um movimento contínuo entre: 1. Necessidade biológica/existencial — dimensão do sensível e o desenvolvimento do imagético do estudante para a construção da representação espacial; 2. como um elemento de construção dialética entre identidade cultural/pertencimento geográfico e a compreensão da diversidade/diferença no mundo; 3. como objeto de estudo da Geografia – síntese do conhecimento geográfico; 4. na dimensão de seus conceitos operacionais e escalas geográficas; 5. como um instrumento lógico e sistêmico de leitura e intervenção no mundo; 6. como crítica e superação social do capitalismo e seus ajustes espaciais; e 7. como conjunto de possibilidades de transformação e transposição da realidade. Assim, acreditamos que tais abordagens no ensino de Geografia corroboram com o desenvolvimento de sua complexidade, desde a compreensão de espaço geográfico em suas partes, pela divisão do conteúdo, até a sua totalização, pela síntese do conhecimento geográfico, num processo permanente e dialético de aguçamento, destreza e formação de sensibilidades, habilidades e pensamentos geográficos.