Adorno e a dialética do amor não-idêntico:
barbárie ou humanização
DOI:
https://doi.org/10.5216/revufg.v23.77223Resumo
O Amor em Adorno ultrapassa o sentido subjetivista e romântico e considera contradições inerentes à teoria do conhecimento; constitui fonte de representação social ideológica, mediada pela relação entre sujeito e objeto. Nessa medida suas contradições o eleva a construto cultural perpassado pela dialética negativa. Logo, para Adorno, o amor é um princípio de aspiração humanista ao lado de valores como: ética, esperança, gratidão, bondade, solidariedade, justiça e democracia. Tais valores, se desmistificados, postulam oposição à frieza, ao totalitarismo e ao horror do nazismo e do fascismo; em resistência ao sofrimento, preconceito e à barbárie recorrentes na civilização. Não obstante, desmistificar o amor ideal e romântico, como a outros valores configura experiência autorreflexiva, não-idêntica e formativa com vistas a uma
sociedade consciente, emancipada e humanista, que reconhece riscos de alienação e inversão de totalidade a totalitarismo, democracia a pseudodemocracia. O amor consciente, verdadeiro e crítico transpõe-se em iminente ação social. À luz de Adorno, o amor dialético pressupõe esperança de uma real sociedade justa em termos políticos, culturais e sociais.
Palavras-chave: Adorno. Amor. Dialética negativa. Barbárie. Educação. Teoria crítica
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