The Sinicized American R&B: from Faux-Pastiche, Authentic Representation, to Chinese Cultural Heritage Revival
DOI:
https://doi.org/10.5216/mh.v25.81454Palavras-chave:
música popular chinesa. R&B. Mandopop. leste asiático. China wind.Resumo
O desenvolvimento da música popular chinesa teve início na década de 1920, em Xangai, com o shidaiqu, que apresentava melodias pentatônicas semelhantes às músicas folclóricas, tratadas com ritmo de jazz ocidental e dança de salão. Embora o desenvolvimento das canções populares chinesas tenda a se tornar mais ocidentalizado, as preferências locais e a eficácia da música popular como ferramenta de articulação cultural levaram a uma mudança contínua nos estilos e identidades musicais. Este artigo enfoca o impacto do estilo musical do R&B americano na indústria da música popular chinesa, desde o início da década de 1980 até os anos 2000: de um R&B sinizado em forma de faux-pastiche em sua adaptação inicial, passando por um afastamento das baladas sentimentais estereotipadas do Mandopop, até se tornar mais identificável com a música negra, o que posteriormente levou a um renascimento folclórico na onda da música conhecida como “China Wind”. Este artigo discute as tensões desse fenômeno como um cisma entre a homogeneidade e a heterogeneidade musicais na adaptação da cultura musical popular negra, bem como a resistência decorrente de uma longa tradição confuciana subjacente na genealogia da música chinesa. Por fim, conclui analisando como um renascimento retrô dos elementos tradicionais da música chinesa, ecoando o fenômeno inicial do shidaiqu, resultou no surgimento de novos artistas na vanguarda da preservação e rearticulação do patrimônio musical e da identidade tradicional. Assim, propõe-se a seguinte questão final: a reafirmação cíclica da identidade nacional persiste em cada adaptação de tendências musicais estrangeiras.







