O rap “exótico” na Itália contemporânea: entre direitos negados e nova cidadania

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DOI:

https://doi.org/10.5216/mh.v19.53443

Palavras-chave:

Música contemporânea, Rap, Análise de conteúdo

Resumo

A entrada tardia da cultura hip-hop e da música rap na Itália não impediu o surgir deste género musical nos principais centros urbanos da península. Depois da Golden Age do rap italiano, nos anos Noventa, e uma subsequente crise, no início da década de Dois-mil novos rappers emergem. Entre eles, os ditos rappers “exóticos”, de língua e cultura italianas, mas de origens geralmente africanas ou asiáticas. O artigo aqui apresentado procura analisar a contribuição que primeiro os rappers da rede G2, depois os rappers (e trappers) mais novos, como Laioung e Ghali, deram ao movimento rap italiano, focando no tipo do seu engajamento sociopolítico, com ênfase espacial nas questões da cidadania, da identidade nacional e do multiculturalismo.

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Biografia do Autor

Luca Bussotti, Instituto Universitário de Lisboa CEI ISCTE-IUL, Lisboa, Portugal

Doutor em Sociologia do Desenvolvimento pela Universidade de Pisa (Itália), Luca Bussotti foi docente de Sociologia na Universidade de Pisa, Professor Convidado na Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), Diretor Académico da Universidade Técnica de Moçambique, sendo atualmente Professor Associado Visitante na Universidade Federal de Pernambuco e Investigador no Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL, Lisboa. Conta com cerca de 20 livros de autoria e como organizador e dezenas de artigos em revistas científicas internacionais. É especialista em Estudos Africanos e em Estudos Culturais, com referência especial ao contexto italiano.  

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Publicado

2019-08-23

Como Citar

BUSSOTTI, L. O rap “exótico” na Itália contemporânea: entre direitos negados e nova cidadania. Música Hodie, Goiânia, v. 19, 2019. DOI: 10.5216/mh.v19.53443. Disponível em: https://revistas.ufg.br/musica/article/view/53443. Acesso em: 13 nov. 2024.

Edição

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Artigos