Ópera Italiana e Poética: Preceptivas e Reformas no Final do Século XVIII

Autores

  • Paulo M. Kühl

DOI:

https://doi.org/10.5216/mh.v9i3-Esp.22042

Resumo

A literatura sobre ópera italiana, tanto no que respeita aos aspectos musicais como aos libretos, é muito vasta e mostra a repercussão do sucesso desse tipo de espetáculo junto ao público, além de revelar, por parte dos teóricos, o profundo estranhamento com a ópera e a imensa dificuldade para estabelecer critérios que de fato contribuíssem para se pensar o fazer operístico. Nota-se, desde o surgimento dos espetáculos inteiramente musicados, a dificuldade teórica para definir o novo gênero dramático, para aceitar a combinação entre texto e música e para compreender as qualidades próprias da ópera. Logo surge uma cisão entre a prática operística e a teoria, que tentava a todo custo conter os excessos do novo espetáculo e, além de criticá- lo, propor variadas reformas. Diversas espécies de questões afloram no grande debate, desde aquelas de cunho moral até as relativas à natureza híbrida do espetáculo. A história da teoria da ópera pode ser lida como um constante esforço de compreensão, de censura e de propostas de modificações. O artigo examina as propostas de autores do final do século XVIII e início do XIX (S. Bettinelli, G. Gamerra, Napoli-Signorelli, entre outros) para uma série de reformas da ópera italiana, baseando-se nas poéticas de Aristóteles e Horácio. O objetivo é mostrar a permanente tensão entre as preceptivas, as tentativas de mudança e as especificidades de um gênero poético- musical que escapava das definições tradicionais. Palavras-chave: Ópera; Século XVIII; Itália; Poética.

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Publicado

2013-01-10

Como Citar

M. KÜHL, P. Ópera Italiana e Poética: Preceptivas e Reformas no Final do Século XVIII. Música Hodie, Goiânia, v. 9, n. 3-Esp, 2013. DOI: 10.5216/mh.v9i3-Esp.22042. Disponível em: https://revistas.ufg.br/musica/article/view/22042. Acesso em: 19 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos