As allemandes frobergianas : um modelo musical do discurso eloqüente?
DOI:
https://doi.org/10.5216/mh.v9i3-Esp.22032Resumo
O discurso musical dos séculos XVII e XVIII baseia-se na expressão dos afetos contidos nas obras de seus autores. Por outro lado, alguns elementos técnicos significativos propiciam a sua fluência e compreensão. Assim, a fórmula de compasso, as figurações: rítmicas e melódicas, como a escolha da tonalidade servem de ponto de partida para uma interpretação “eloqüente”. No que se refere ao trabalho autoral, Johann Jacob Froberger (1616-1667) – um dos mais importantes compositores de sua época - deixou um legado exclusivo e representativo, freqüentemente classificado como “uma jóia da literatura” tecladistica. Compositor alemão, proficiente tanto no órgão como nos outros instrumentos de teclado, fez parte da geração de compositores influenciados pelo chamado Stylus Phantasticus (improvisatório da escola Italiana) encontrado nas suas Toccati, e também pelo estilo Brisé (com acordes desmembrados) dos alaudistas franceses, com figurações rítmicas particulares geralmente encontradas em suas Partitas. No que diz respeito a elas, e dentre as suas danças, as Allemandes são as mais elaboradas e expressivas, conjuntamente com o Tombeau, as Lamentation[s], o Plainte e a Meditation. Dessa maneira, seus títulos programáticos fornecem adequadas instruções para uma execução apropriada. Também a indicação “avec discretion” que Froberger imprime em outros de seus movimentos, personaliza um estilo singular, atribuindo às Allemandes uma marca retórica significativa, que se projetará como norma interpretativa inclusive no século posterior. De seu repertório foram selecionados alguns movimentos em diferentes tonalidades, buscando-se uma adequação nos princípios afetivos das listas de Características das Tonalidades. Palavras-chave: Allemande Frobergiana; Discurso eloqüente; Retórica musical; Cravo.Downloads
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Publicado
2013-01-09
Como Citar
HORA, E. As allemandes frobergianas : um modelo musical do discurso eloqüente?. Música Hodie, Goiânia, v. 9, n. 3-Esp, 2013. DOI: 10.5216/mh.v9i3-Esp.22032. Disponível em: https://revistas.ufg.br/musica/article/view/22032. Acesso em: 19 dez. 2024.
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Artigos