Educação para Igualdade Racial: Enfrentamentos ao Epistemícidio e ao Genocídio de Negros e Indígenas no Brasil

Autores

  • Paula Rita Bacellar Gonzaga

Palavras-chave:

Ensino Superior, Ações Afirmativas, Epistemícidio

Resumo

A educação tem sido um campo histórico de luta dos movimentos sociais brasileiros, especialmente do Movimento Negro que há décadas tem postulado como a desigualdade racial produz interdições diretas e indiretas ao acesso e permanência da população negra nos espaços de ensino formal. Nesse texto o objetivo é refletir sobre essas dinâmicas de resistência no âmbito do ensino superior brasileiro, tendo em tela que o direito à educação, a despeito de inalienável, está suscetível a atuação política de setores que compreendem a universidade como produtora e reprodutora de privilégios epistêmicos, econômicos, sociais. Entendendo o modo de funcionamento do racismo à brasileira e as reveberações atuais do mito da democracia racial, a aposta é visibilizar iniciativas de ruptura com o epistemícidio, descortinar as premissas oficiais sobre a quem se destina o espaço e a formação universitária e propor uma compreensão amplificada da educação para igualdade racial como um investimento em transformar não apenas a universidade e os modos de produção de conhecimento, mas também, e necessariamente, a sociedade brasileira e seus mecanismos de aniquilação de pessoas negras e indígenas.

Biografia do Autor

Paula Rita Bacellar Gonzaga

Professora de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Doutora em Psicologia pela UFMG e mestra em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismos pela UFBA.

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Publicado

2024-08-02