CRIANÇAS BOLIVIANAS NA EDUCAÇÃO PÚBLICA: MEDICALIZAÇÃO, ENQUADRAMENTOS DEFICIENTIZADORES E ESTIGMATIZAÇÕES COM BASE NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
DOI:
https://doi.org/10.5216/ia.v46i2.67920Resumo
Este artigo analisou experiências recentes de escolarização de crianças bolivianas, especificamente na cidade de São Paulo. Com registros etnográficos feitos nas pesquisas de campo, que proporcionaram participar de cenas cotidianas em três escolas públicas municipais e nos seus entornos, foi possível perceber contínuos processos de estigmatização, com ações que têm reiterado que crianças bolivianas têm propensão ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). As categorias de análise utilizadas foram medicalização e deficientização. Com essas categorias, os excertos de fala apresentados demonstram como crianças bolivianas têm sido constantemente estigmatizadas e encaminhadas para serviços clínicos de avaliação psicológica e neurológica, desconsiderando particularidades culturais.
PALAVRAS-CHAVE: Bolivianos. Medicalização. Deficientização. Transtorno do Espectro Autista.
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