Religião, educação tradicional Bóe-Bororo e educação escolar indígena
análise a partir do método transpermanência
DOI:
https://doi.org/10.5216/hr.v26i2.68633Resumen
Este artigo tem por objeto as transpermanências que vem se processando na religião e religiosidade Bóe-Bororo. Estudou-se as comunidades das aldeias indígenas Korogedo Páru e Tadarimana, localizadas em Mato Grosso, no período entre 1990 e 2020. A problemática versa sobre uma tensão geracional existente, cujo foco escolhido foi sobre a religião e a religiosidade autóctone com envolvimento das educações étnica e interétnica. O objetivo é descrever as mutações e permanências no Modo de Existir Bóe-Bororo, que estão gerando tais tensões. Buscou-se identificá-las, compreendê-las e analisá-las no contexto histórico atual. A metodologia empregada foi a abordagem etnohistória e antropológica denominada transpermanência. Empregou-se como instrumentos de pesquisa depoimentos e consultas bibliográficas. O resultado conduziu à análise do processo educacional étnico e interétnico, visto que a essência da cosmologia dessa etnia reside nos bakárus. Deles emanam sua organização social e ideologia e, portanto, a religiosidade e a educação étnica dos Bóe-Bororo.
Palavras chaves – Religião, Educação, Sociedade Indígena.
Descargas
Citas
ALBISETTI, Cesar; VENTURELLI, Ângelo J. Enciclopédia Bororo. v. 1 – Vocabulários e etnografia. Campo Grande: CNP/Museu Regional Dom Bosco, 1962
ALBISETTI, Cesar; VENTURELLI, Ângelo. J. Enciclopédia Bororo. v. II1 – parte 2 – Textos dos cantos dos cantos festivos. Campo Grande: CNP/Museu Regional Dom Bosco, 2002
BORDIGNON, Mario. Adúgo bíri - ritual do couro de onça. Campo Grande: UDCB, 2010
EVANS-PRITCHARD, Evan. Antropologia social da religião. Rio de Janeiro: Campus, 1978
GEERTZ, Cliford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara/Koogan, 1989
ISAAC, Paulo A. M. Educação escolar indígena Bóe-Bororo – alternativa e resistência em Tadarimana. Dissertação (Mestrado em Educação). Instituo de Educação, Universidade Federal de Mato Grosso, 1997.
ISAAC, Paulo A. M. Autonomia e Autodeterminação – o novo discurso da diferença. Revista de Educação Pública, Cuiabá, v. 7, n. 12, p. 59-72, jul./dez. 1998. Disponível em: http://pauloisaac.com/livros_pdf/e5cf275261356dfb474c6f395e6660de.pdf. Acesso em: 23 jan. 2021
ISAAC, Paulo A. M. Modo de Existir Terena na Comunidade Multiétnica que vive em Mato Grosso. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2004a. Disponível em: http://pauloisaac.com/livros_pdf/e1d0541bda1d3d4e23bc269d7200e4bf.pdf
ISAAC, Paulo A. M. Drama da educação escolar indígena Bóe-Bororo. Cuiabá: EdUFMT, 2004b
ISAAC, Paulo A. M; RODRIGUES, Sílvia Pilegi. Educação escolar indígena: impactos e novas formas de colonização. Revista Cocar, Belém, v.11, n. 22, p. 60-86, jul./dez. 2017. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/1597. Acesso em: 15 jan. 2021
ISAAC, Paulo A. M. Irmã Maria Cibaibo Ossemer – uma missionária franciscana entre os índios Bóe-Bororo de Mato Grosso. Cuiabá: EdUFMT/Carlini & Caniato, 2018
ISAAC, Paulo A. M.; RODRIGUES, Sílvia Pilegi; BOKODORE, Arcênio. Escola bilíngue e o processo de apagamento da língua materna. Revista Brasileira de Alfabetização, n. 12, p. 14-30, jul. 2020. Disponível em: https://revistaabalf.com.br/index.html/index.php/rabalf/article/view/429. Acesso em: 19 dez. 2020
LÉVI STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. 5. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996
LÉVI STRAUSS, Claude. Estruturas elementares de parentesco. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1982
NOVAES, Sylvia C. Mulheres, homens e heróis: dinâmica e permanência através do cotidiano da vida Bororo. São Paulo: FFLCH/USP, 1986
VIERTLER, Renate B. A refeição das almas: uma interpretação etnológica do funeral dos índios Bororo de Mato Grosso. São Paulo: Hucitec/EDUSP, 1991.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Declaração de Direito Autoral
Concedo a História Revista o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.