Historias Tocadas

Preguntas sobre las Colecciones Domésticas de Artefactos Arqueológicos del Amazonas.

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5216/hawo.v4.78215

Palabras clave:

Colección Doméstica, Colecciones Plurales, Arqueología Amazónica, Coleccionismo, Afeto

Resumen

La recolección de objetos arqueológicos es una realidad muy común en la Amazonía, con variedad de contextos y motivaciones. Con esa perspectiva, este artículo tiene como objetivo seguir la trayectoria de una colección doméstica desde el municipio de Terra Santa, oeste de Pará, hasta el Museo Paraense Emílio Goeldi. El surgimiento de restos en la superficie de sitios arqueológicos cercanos a comunidades ribereñas ofrece elementos valiosos para el estudio de la historia de los antiguos pueblos indígenas de la región, así como sus relaciones con las comunidades contemporáneas. El artículo explora la práctica de coleccionar cerámica arqueológica en la Amazonía, y sostiene que esta es una forma de disfrutar el patrimonio arqueológico, destacando que almacenar y ensamblar pequeñas colecciones son actos de protección y atribución de valores afectivos. Finalmente, se resalta la importancia de estas colecciones plurales, como la Colección Ruth Neia, para los estudios arqueológicos, reconociendo su valor científico y destacando su relevancia en las regiones de investigación donde se encuentran las cerámicas Pocó y Konduri.

Biografía del autor/a

Helen Suany M. Miranda , Museo Paraense Emílio Goeldi

Bacharel em Museologia pela Universidade Federal do Pará, 2022 (UFPA). Atualmente mestranda do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Sociocultural do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) com área de pesquisa voltada para Arqueologia Amazônica sobre estudos dos vestígios cerâmicos dos povos das florestas pré-coloniais na região Baixo Amazonas. Foi Bolsista do Programa Integrado de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Comunicação da Ciência no Museu Paraense Emílio Goeldi, 2023 (PCI/MPEG) cujo pesquisa é apontada sobre coleções domésticas na Amazônia.

Dâmaris P. Nogueira, Arcadis

Bacharel em Museologia (graduada pela Universidade Federal do Pará, 2023). Atualmente trabalha como Arqueóloga Jr, na Arcadis. Foi bolsista pibic, onde atuou no Museu Paraense Emílio Goeldi, na área de arqueologia, no Projeto Florestas Culturais e Territorialidades no Litoral Amazônico Pré-Colonial, onde também é pesquisadora voluntária. Autora de livros didáticos sobre arqueologia, para o ensino fundamental, atualmente com o livro Resistência: a arqueologia dos escravizados, que ainda será publicado pela editora Estudos Amazônicos.

Helena P. Lima, Museo Paraense Emílio Goeldi

Arqueóloga (doutorado em arqueologia pela Universidade de São Paulo, 2008). Pesquisadora Titular do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), onde atua também como coordenadora de Ciências Humanas, curadora da coleção arqueológica e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Sociocultural. Desenvolve pesquisas acadêmicas em arqueologia amazônica com vieses ligados à ecologia histórica, cultura material (cerâmica) e arqueologia colaborativa com diversos povos da floresta, incluindo ribeirinhos, quilombolas e indígenas em diferentes regiões da Amazônia. Desenvolve ainda projetos de extensão ligados à gestão de patrimônio cultural. Bolsista de produtividade do CNPq desde 2020.

Citas

ABREU, Regina. A fabricação do imortal: memória, história e estratégias de consagração no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. 225 p.

ALAMBERT, Clara Correia d´; MONTEIRO, Marina Garrido; FERREIRA, Silvia Regina. Conservação, postura e procedimentos. Secretaria do Estado de Cultura, São Paulo, 1998.

ALVES, Marcony Lopes. Para além de Santarém: os vasos de gargalo na bacia do rio Trombetas. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 13, n. 1, jan./abril, p. 11-36, 2018.

BATALHA, Jéssica Guimarães. Eu gostei desde a primeira que eu ajuntei...”: a prática da formação de algumas coleções particulares de artefatos arqueológicos no município de Parintins-Amazonas. Universidade do Estado do Amazonas, 2019.

BEZERRA, Marcia. “As moedas dos índios”: um estudo de caso sobre os significados do patrimônio arqueológico para os moradores da Vila de Joanes, ilha de Marajó, Brasil. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Hum., Belém, v. 6, n. 1, p. 57-70, jan. abr. 2011.

BEZERRA, Marcia. Com os cacos no bolso: o colecionamento de artefatos arqueológicos na Amazônia brasileira. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 38, p. 85-99, 2018.

BEZERRA, Marcia. Os sentidos contemporâneos das coisas do passado: reflexões a partir da Amazônia. Revista Arqueologia Pública, v. 7, n. 1 [7], p. 107-122, 2013.

BEZERRA, M.; NAJJAR, R. Semióforos da Riqueza: um ensaio sobre o tráfico de objetos arqueológicos. Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, Goiânia, Brasil, v. 7, n. 1, 2012. DOI: 10.18224/hab.v7.1.2009 Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/2017. Acesso em: 10 dez. 2023.

BIANCHEZZI, Clarice, et al. Fragmentos, arqueologia, memórias e histórias de Parintins. (2021).

BIANCHEZZI, Clarice. Entre cacos e flores: apropriações, usos e significados dos vestígios arqueológicos pelos moradores do sítio Macurany, Parintins, Amazonas. Tese (Doutorado), Universidade Federal do Pará, 2022.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Editora do Senado, 1988.

BRASIL. Lei n° 3.924 de 26 de julho de 1961. Dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L3924.htm. Acesso em: 16 nov. 2015.

CALDEIRA, Cleide Cristina. Conservação preventiva: histórico. Revista CPC. São Paulo, 2005/2006.

CARVAJAL, Gaspar de. [1542]. Descubrimiento del río de las Amazonas. Madrid: Babelia. 70 p. 2011.

CASTRO, L. P. Índio Conduri: viajantes e missionários na Amazônia Colonial. Revista Temporis[ação], v. 18, n. 1, p. 197-216, 4 jul. 2018. (ISSN 2317-5516).

DESVALLÉES, André; FRANÇOES, Mairesse; SOARES, Bruno Brulon; CURY, Marília Xavier. Conceitos-chaves de Museologia. São Paulo: Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus, 2013.

FRONER, Yacy-Ara. Ciência da conservação ou conservação científica? Hipóteses para uma reflexão. Disponível em: http://www.festivaldearte.fafcs.ufu.br/2005/comunicacao-28.htm. Acesso em: dezembro de 2023.

GUAPINDAIA, Vera. Projeto de salvamento arqueológico em Porto Trombetas. Belém, MPEG, 2000. (Manusc. Inéd.).

GUAPINDAIA, Vera. Além da margem do rio: as ocupações Konduri e Pocó na região de Porto Trombetas. São Paulo, 2008. Tese (Doutorado), USP, 2008.

GUAPINDAIA, Vera; LOPES, Daniel. Estudos arqueológicos na região de Porto Trombetas, PA. Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 24, n. 2, p. 50–73, 2011.

GELL, Alfred. A tecnologia do encanto e o encanto da tecnologia. Revista Concinnitas, v. 2, n. 8, p. 40–63, 2020.

HILBERT, Peter. A cerâmica arqueológica da região de Oriximiná. Belém: Publicações do Instituto de Antropologia e Etnologia do Pará, 1955. V. 9,

HILBERT, P. P.; HILBERT, K. Resultados preliminares da pesquisa arqueológica nos rios Nhamundá e Trombetas, Baixo Amazonas. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, Pará, Brasil, n. 75, 1980.

ICOM. Código da ética: o conservador-restaurador: a definição da profissão. ICOM: Copenhague, 1984. 4 p.

LIMA, H.P.; MORAES, B.M. e PARENTE, M.T.V. Tráfico de material arqueológico, turismo e comunidades ribeirinhas: experiências de uma Arqueologia Participativa em Parintins, Amazonas. Revista de Arqueologia Pública, v. 8: 61-77, 2013.

LIMA, H. P.; MORAES, B. M. Arqueologia e comunidades tradicionais na Amazônia. Ciência e Cultura, v. 2, p. 39-42, 2013.

LIMA, H. P. Helena Pinto. Patrimônio para quem? Por uma arqueologia sensível. Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, Goiânia, Brasil, v. 17, n. 1, p. 25–38, 2019. DOI: 10.18224/hab.v17i1.7086.

LIMA, M., Silva, M. A., LIMA, S. C., CASSINO, M. F., & TAMANAHA, E. Desafios das práticas arqueológicas e da preservação: dinâmicas socioculturais sobre e nos entornos dos sítios arqueológicos na Amazônia. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v.16, v. 2, 2021. e20190153. Doi: 10.1590/2178-2547-BGOELDI-2019-0153.

MARTINS, Cristiane Maria Pires. Arqueologia do baixo Tapajós: ocupação humana na periferia do domínio tapajônico. 2012. 208 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2012. Programa de Pós-Graduação em Antropologia.

MARTINS, Cristiane. Sobre contatos e Fronteiras: um Enfoque Arqueológico. Universidades Federal do Pará, Revista Amazônica, 2012

MARTINS, Luana da Conceição. O Ensino da Conservação-Restauração na Formação do Museólogo / Luana da Conceição Martins. -- Rio de Janeiro, 2017.

MEGGERS, Betty Jane. Amazônia: a ilusão de um paraíso. Ed. Itatiaia, 1987.

MOUTINHO 2014. Museologia Social. Cadernos do CECOM. Santa Catarina, 2014.

NEVES, Eduardo Góes. Sob os tempos do equinócio: oito mil anos de história da Amazônia Central (6.500 A.C - 1.500 D.C). Museu de Arqueologia e Etnologia. Universidade de São Paulo, 2012.

PALMATARY. H.C. The Archeology of lhe Lower Tapajos Valley, Brazil. Trans. Am. Phi/. Soe, v. 50, n. 3, 1960.

PEREIRA, Edithe. Arte rupestre na Amazônia: Pará. São Paulo: UNESP; Belém: MPEG, 2004

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. In: Estudos Históricos, Rio de Janeiro: v. 2, n. 3, 1989.

ROOSEVELT, A. Arqueologia Amazônica. In: CUNHA, Carneiro da. (org), História dos Indios do Brasil, Companhia das Letras/Fapesp/SMC, São Paulo. 1992. p. 53-86.

SOUZA, D. C. S. de; Bianchezzi, C. Restos dos povos que já morreram: colecionismo de material arqueológico no Distrito da Freguesia do Andirá – Barreirinha – Amazonas. Revista Marupiara, v.3, n. 4, p. 58 -79, 2018.

SOUZA, Laura de Mello e. O diabo e a Terra de Santa Cruz: feitiçaria e religiosidade popular no Brasil Colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

SUANO, Marlene. O que é museus. São Paulo.Ed. Brasiliense da coleção, 1986. Col. Primeiros Passos.

TEIXEIRA, Lia Canola; GHUZONI, Vanilde Rohling. Conservação preventiva de acervos. Florianópolis, 2012. Coleção Estudos Museológicos, v. 1.

TROUFFLARD, Joanna. O que dizem as coleções da relação entre moradores e vestígios arqueológicos na região de Santarém, Pará. In: SCHAAN, Denise P (org.). Arqueologia, patrimônio e multiculturalismo na beira da estrada: pesquisando ao longo das rodovias Transamazônica e Santarém-Cuiabá, Pará. Belém: GK Noronha, 2012. p. 57-72.

Publicado

2024-11-28

Cómo citar

MIRANDA, H. S. M.; NOGUEIRA, D. P.; LIMA, H. P. Historias Tocadas: Preguntas sobre las Colecciones Domésticas de Artefactos Arqueológicos del Amazonas. Hawò, Goiânia, v. 4, p. 1–40, 2024. DOI: 10.5216/hawo.v4.78215. Disponível em: https://revistas.ufg.br/hawo/article/view/78215. Acesso em: 21 dic. 2024.